O técnico Fernando Diniz terá que repensar a tática de sair tocando bola a partir do goleiro, pois contra o Racing isso poderá ser muito arriscado -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O técnico Fernando Diniz terá que repensar a tática de sair tocando bola a partir do goleiro, pois contra o Racing isso poderá ser muito arriscado

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

ASSUNÇÃO – A última vez em que estive aqui em Assunção, no Paraguai, foi em um jogo da Seleção Brasileira, pelas Eliminatórias, se não me engano, em 2005. Parreira e Zagallo comandavam a Seleção, e Alexandre Kalil e Marcus Salum estavam no mesmo hotel que a gente e a equipe brasileira, com os filhos, para a pescaria que faziam todos os anos. Levei os meninos para tirar foto com Roberto Carlos, Zagallo e cia. Hoje, Felipe Kalil, o mais velho, é médico da Seleção Brasileira. Bons tempos!

 

 

Mas, hoje, eu quero falar do Cruzeiro, que disputará no sábado, contra o Racing, pela Sul-Americana, o jogo mais importante do ano. Uma vitória, além da taça inédita e dos milhões de dólares que a Conmebol vai destinar ao campeão, dará vaga na Libertadores do próximo ano, quando o dono do clube, Pedro Lourenço, pretende formar um timaço, para buscar o tri da principal competição da América do Sul, além do Brasileiro e Copa do Brasil.

Essa camisa do Cruzeiro tem história, tradição e peso, por isso, estou certo de uma conquista inédita, que dará a Fernando Diniz duas taças sucessivas: Libertadores, ano passado, e Sul-Americana, este ano. Estou muito otimista, e você?

 

 

Como não gosto de contar historinhas e de mentir, sei que o Racing tem mais time, é a melhor equipe da competição e leva o favoritismo, o que não implica dizer que já ganhou. Muito pelo contrário, sabe que vai enfrentar um time copeiro, que dificilmente perde uma decisão, e que tem uma história gigantesca no futebol mundial.

Lembro-me daquele Cruzeiro 3 x 0 Racing, pela Supercopa de 1992. Que timaço aquele do Cruzeiro. E vale lembrar que a Supercopa era disputada pelos campeões da Libertadores, daí a sua importância, com estádios lotados e grandes jogos.

O Cruzeiro está evoluindo nas mãos de Diniz e começa a ganhar corpo e forma. Chegou à final além da expectativa do torcedor, pois, no começo do ano, a China Azul temia pelo rebaixamento no Brasileiro. Porém, quando o Cruzeiro mudou de mãos, voltou ao seu patamar de origem, sendo respeitado novamente.

 

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O Gigante está aí para por mais uma taça em sua galeria, mas, terá que jogar muito mais do que está jogando para superar o adversário. O campo neutro é ótimo, pois no estádio do Racing ou no Mineirão haveria pressão para ambos os lados.

Espero que Fernando Diniz tenha esquecido aquela saída de bola que “mata o torcedor do coração”. Cássio toca para o lateral, que toca no zagueiro, que volta para Cássio, que devolve ao lateral e assim por diante. Uma jogada que em nada acrescenta, a não ser correr riscos desnecessários. Uma vez ou outra, ok, mas o tempo todo, ninguém suporta.

Futebol é jogado pra frente, com tabelas, dribles, toques e gols. É isso que o torcedor vai querer ver aqui em Assunção, no sábado. O Cruzeiro está evoluindo, e, pelas informações que tenho, treinou muito nessa data Fifa, ajustando alguns setores e dando mais confiança a contratados como Wallace. Para ser campeão, o time azul precisará fazer um jogo quase que perfeito, pois o adversário tem muita qualidade. Erro zero é a palavra de ordem.

 

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Depois de rodar esse mundo de Deus, com 73 países visitados, muitos deles repetidas vezes, confesso que penso 10 vezes antes de largar minha família e viajar, mas pelo Cabuloso sempre valerá a pena. Estarei empenhado nessa cobertura, com informações importantes neste espaço, no meu canal de YouTube, no nosso programa JaeciCarvalhoEsportes, e no meu Instagram.

Quero dar um recado aos torcedores do bem: o Cruzeiro está acostumado a decidir, a ganhar taças, e, por isso mesmo, se houver um revés e o título não acontecer, vida que segue. O importante é que o Gigante das Minas Gerais voltou ao seu lugar de origem com boas campanhas e disputa de taças.

 

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O comando mudou e com ele um Cruzeiro forte, em busca de conquistas para alegrar os mais de 14 milhões de torcedores espalhados pelo mundo. E se for campeão, no que aposto, farei o programa, no sábado, direto daqui, com a camisa do Cruzeiro. Será uma honra estampar esse manto, que tanto representa Minas Gerais para o Brasil e para o mundo! Como diz meu amigo Alberto Rodrigues: “simbora Cruzeiro!”.