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Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

Campanha além da expectativa, mas, decepcionante no final

O Cruzeiro está além da expectativa criada, pois, se ele brigaria para não cair, fez o contrário e chegou até a disputar entre os ponteiros a taça no turno

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Quando a temporada começou, a preocupação da torcida do Cruzeiro era com uma possível queda no Brasileirão, tamanha a fragilidade do seu time. Eliminado na Copa do Brasil pelo Souza, da Paraíba, de forma vergonhosa, e uma pressão gigantesca sobre Ronaldo, para vender o clube. Mais um fracasso no Mineiro, competição que não vale nada até que você a perca para o rival.

 

 

Não teve jeito. O Fenômeno não aguentou a pressão e vendeu os 70% do clube que lhe pertenciam a Pedro Lourenço, que já havia comprado 20%, e que foi aquele que não deixou o clube fechar as portas, pondo alimentação na mesa, pagando luz, água, salários, mesmo quando era apenas um torcedor apaixonado.

 

 

É bom a gente sempre citar isso, para que o torcedor se lembre que o Cruzeiro era um “paciente terminal”, que dificilmente se recuperaria. Mas um gigante com mais de 14 milhões de torcedores espalhados pelo mundo não sucumbiria. Pedro montou sua equipe de trabalho, levando para a Toca o CEO Alexandre Matos, além de Pedro Junio, vice-presidente, Paulo Pelaipe e Edu Dracena, uma equipe bastante vencedora.

 

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O primeiro turno do Cruzeiro no Brasileiro foi excepcional: 33 pontos, e a equipe esteve entre o terceiro e o sétimo lugar o tempo todo, na zona de classificação para a Libertadores. Na Sul-Americana, foi se classificando aos trancos e barrancos, até chegar à final. Contratações foram feitas, quase R$ 200 milhões gastos, mas somente Matheus Henrique, Kaio Jorge e Cássio entraram no ritmo que o torcedor desejava. Os demais não conseguiram mostrar o que deles se esperava. Faz parte. O Real Madri também contrata jogadores que não dão retorno. Ninguém acerta 100%.

 

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O problema é que o futebol do grupo sumiu depois daquele 3 a 0 em cima do Botafogo, em julho. De lá para cá, derrotas e mais derrotas, empates, e escassíssimas vitórias. Seabra não aguentou o tranco e caiu. A diretoria apostou em Fernando Diniz, com um detalhe: a ideia era ele terminar o ano bem e montar seu grupo em 2025, começando um trabalho para implantar a sua filosofia.

Mas Diniz vive o pior momento de sua carreira. Quando foi mandado embora do Fluminense, tinha apenas dois pontos, e no Cruzeiro conseguiu apenas duas vitórias, mesmo assim, no sufoco. São derrotas e mais derrotas, e é sabido que no futebol o que segura um treinador são as vitórias. A torcida está chateada, assim como todos os cruzeirenses, mas ainda há uma esperança, remota, de conseguir vaga na Libertadores. Mas, aí, dependerá de um tropeço do Bahia e de uma vitória do próprio Cruzeiro, sobre o Juventude, lá em Caxias do Sul. Realmente ficou difícil.

 

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Não posso deixar de dizer que com todos os problemas citados, o Cruzeiro está além da expectativa criada, pois se ele brigaria para não cair, fez o contrário e chegou até a disputar entre os ponteiros a taça, no turno, lembram-se? Porém, a fragilidade do grupo tornou-se nítida na hora em que precisou de peças de reposição e não as tinha.

Tinha um time certinho, na conta do chá, que em determinado momento não rendia mais o que dele se esperava. Perdeu a decisão da Sul-Americana para o Racing, que eu sempre disse que era o melhor time da competição. Contra fatos não há argumento. Porém, chegou à final e isso foi lucro. O torcedor voltou a se orgulhar em vestir a camisa azul, invadiu o Paraguai e fez a festa que deveria ter feito.

A torcida pede a saída de Fernando Diniz, que em 14 jogos, ganhou apenas dois, um pelo Brasileiro e outro pela Sul-Americana, uma campanha abaixo da crítica para um treinador do nível dele. A TV Samuca, do nosso amigo Samuel Venâncio, garante que ele já está demitido e que sairá após o jogo de amanhã, contra o Juventude, independentemente do resultado. A diretoria do Cruzeiro não confirma nada, e é claro, não faria isso agora, já que o Cruzeiro tem uma última chance, ainda que remota, de disputar a Libertadores.

Porém, nem sempre a troca de treinador significa êxito. O Cruzeiro demitiu Seabra, trouxe Diniz e nada mudou. Já se fala em Renato Gaúcho, Luiz Castro e Vanderlei Luxemburgo. O Cruzeiro terá que mapear bem para não errar, pois tem que apostar em um técnico vencedor, experiente e que possa começar e terminar o trabalho na temporada de 2025.

Com a chegada de Gabigol, e, muito provavelmente, Dudu, o time celeste monta um ataque potente para a temporada que vem. Ainda tem Kaio Jorge, que começou a fazer gols. E o dono e presidente, Pedro Lourenço, com sua equipe de trabalho, está no mercado buscando jogadores de alto nível para reforçar a defesa e o meio campo. Vários jogadores do atual grupo serão dispensados, alguns importantes ficarão, e novos reforços chegarão para deixar o time forte e competitivo.

O que aconteceu nesta temporada foi lucro e ficou além do que esperávamos. Em 2025 a história será ainda melhor, pois o Cruzeiro vai buscar os títulos da Copa do Brasil, onde é o maior ganhador com seis taças, Brasileiro, e, Libertadores ou Sul-Americana, dependendo do resultado de amanhã. O Trem Azul está entrando nos trilhos e a torcida ansiosa para ver Gabigol, a maior contratação do futebol mineiro depois de R10, com a camisa do Cabuloso.


 

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