Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

O racismo da Conmebol e a vitimização de Ednaldo Rodrigues

Num país em que federações vivem de migalhas e mesadas da CBF não há muito o que explicar

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Que o Brasil é um país corrupto e dos mais violentos do mundo, todos nós sabemos. Que há racismo em todos os setores da sociedade, também. O futebol, que integra a nossa sociedade é igualmente racista, com dirigentes despreparados, covardes e que dizem amém aos desmandos da CBF e federações. Será que não há um dirigente lúcido para entender que o poder dos clubes está acima dos interesses de Ednaldo Rodrigues e das federações? Essas entidades só existem porque os clubes estão aí, se não já estariam extintas há tempos. Os protagonistas são os times e os jogadores, jamais tais entidades falidas, retrógradas e ultrapassadas. Num país em que as federações vivem de migalhas e mesadas da CBF não há muito o que explicar. É um círculo vicioso: o presidente da CBF dá “mesadas” aos presidentes de federações – uma parte para a pessoa física, outra para a entidade, cerca de R$ 230 mil mensais –, e essas entidades assumem o compromisso de votar nele na eleição. É o que irá acontecer dia 24, quando Ednaldo Rodrigues, incompetente, desqualificado e fraco, será eleito por aclamação. As federações têm voto com peso 3, e os clubes com peso 2. São 27 federações com 81 votos. E 20 clubes com um total de 40 votos. Um escárnio que ninguém consegue corrigir.

A Fifa alega que se houver intervenção de fora do esporte o Brasil ficaria fora da Copa do Mundo. Então que fique e que se acabe com essa pouca vergonha. Clubes e federações estão dizendo sim a uma gestão das mais fracas, terríveis e nocivas da história. Ednaldo é um câncer para o futebol brasileiro, logo ele que vive se vitimizando, dizendo-se negro e nordestino, e que por isso é perseguido. Balela. Ele persegue pessoas, é acusado de assédio a funcionários e um cara do mal. Despreparado, chega nas reuniões da Fifa e Conmebol e fica escanteado, pois mal fala o português, que dirá o espanhol e o inglês. “Caiu de paraquedas” na entidade e contou com uma liminar para se manter no cargo. Liminar dada porque o filho de Gilmar Mendes, o tal Francisco, presta serviços a CBF Academy, ganhando R$ 15 milhões por ano. Tá explicado!

Clubes e federações estão dando uma facada nas costas do povo brasileiro ao elegerem esse Ednaldo para mais um mandato de quatro anos. Recusaram receber Ronaldo Fenômeno, esperança dos torcedores para moralizar a entidade e o nosso futebol. O grande problema é que cada clube só olha para o seu umbigo. Dirigentes vaidosos, que dizem trabalhar de graça para clubes que não são empresa. Por isso, sou a favor que todos os clubes se transformem em SAF, para terem gestões profissionais e não esses amadores, que dizem amar os clubes, mas que vivem envolvidos em denúncias, caso atual do presidente do Corinthians. Amam a fama que os clubes lhes dão e as vantagens que ganham. O futebol brasileiro vive atolado em corrupção há anos e ninguém faz nada. Que haja uma intervenção externa na CBF e nos clubes que não são SAF, mesmo que isso custe a não ida dessa seleção desmoralizada ao Mundial de 2026.

Lucas Paquetá, que deverá ser banido do futebol, este mês, pois é assim que a Federação Inglesa quer, pela suposta manipulação de cartões para favorecer parentes e amigos na Ilha de Paquetá, estava vestindo a camisa amarela até a última convocação. Um desrespeito aos torcedores de bem, que pregam a lisura e a transparência. Como pode um técnico convocar um jogador que será banido do futebol, definitivamente? Fosse eu o presidente da CBF e nenhum jogador envolvido em denúncias desse tipo, seria convocado. Romário e a CPI pediram o indiciamento de Bruno Tolentino, tio de Paquetá, que faz parte da lista dos apostadores dos cartões que o jogador do West Ham levou. Viram como o futebol brasileiro está corrompido e contaminado? O caso Paquetá, como muito bem disse o senador Jorge Kajuru, é “batom na cueca”.

Por esse e outros desmandos, vamos dizer NÃO à eleição de Ednaldo, dizer NÃO às federações e aos maus profissionais. Chega de tanta corrupção de bandidagem. O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço, está na lama, onde também está chafurdado Ednaldo Rodrigues.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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