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Os 4 a 1 aplicados pela Argentina, na terça-feira, e o baile de bola eram esperados há tempos. O time brasileiro, ainda único pentacampeão do mundo, está maltratado, com jogadores de nível ruim, com raríssimas exceções. A maioria dos convocados joga em time pequenos da Europa, e os que jogam nas grandes equipes, como Vini Júnior, Rodrygo, Endrick e Raphinha, são mal escalados no time canarinho. Cabelinhos pintados, brinquinhos de diamante, fones no ouvido, roupas de grife e por aí vai. Uma geração perdida pelo excesso de dinheiro que tem e pela falta de valores morais, éticos e de vida. A Seleção Brasileira e a CBF são reflexos de um país desgovernado, onde a corrupção prevalece, onde querer levar vantagem sobre o outro é o ponto de partida, onde o atual presidente da entidade fatiou a CBF para os partidos políticos de esquerda, fazendo gestão sob a liminar de Gilmar Mendes e sendo eleito para mais quatro anos, a partir de 2026, por unanimidade de clubes e federações.
Na minha época de garoto e jovem, e até os 40 anos de idade, não ouvíamos falar do STF e não conhecíamos seus membros. Hoje, eles estão na televisão, manchetes de jornais e rádios, e são os julgadores. Nunca vi o STF se meter no futebol ou na CBF, mas hoje a banda toca assim. Ednaldo, como já escrevi várias vezes, é o presidente mais fraco, sem representatividade na CBF, na Fifa, na Conmebol. É motivo de chacota mundial, mas não vai abrir mão dos salários de quase R$ 1 milhão, que ganha nas três entidades, assim como as 27 federações que o elegeram não vão abrir mão da mesada que lhes é dada todos os meses. Mentiu sobre Ancelotti – eu avisei desde o primeiro dia que a notícia era falsa –, pôs Ramon Menezes de interino e tomamos duas porradas para africanos. Depois disso, contratou Fernando Diniz, que foi um fracasso, e agora Dorival Júnior, que é ético, sério e transparente, mas que na Seleção deixa a desejar. Estamos à deriva, uma nau sem rumo, sem norte.
O Brasil não tem mais um grande ídolo no futebol, na política, na música. Se no passado tivemos estadistas como Tancredo Neves, músicos como Roberto Carlos (que ainda está vivo e nos resta) e no futebol Pelé, Zico, Reinaldo, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e cia, hoje temos que nos contentar com Ludmila, Lula e Neymar. Entenderam a diferença abissal e gritante? Como um país assim pode dar certo?
Felipão nos deu o penta, com gênios da bola sob seu comando, mas também nos maltratou com aqueles 7 a 1 da Alemanha. Eu trocaria um dos nossos títulos para não ter tomado de 7 numa semifinal de Copa do Mundo, no Brasil. A partir dali, até as seleções pequenas perderam o respeito pela gente. Pior é saber que 10 jogadores daquele time dos 7 a 1 ainda jogam no futebol brasileiro, 11 anos depois, entre eles Hulk, Bernard, Luiz Gustavo, Fernandinho, David Luiz, Oscar e por aí vai. Esses caras envergonharam a nação e sujaram a gloriosa camisa amarela. E ainda vejo cínicos pedindo a volta deles no time canarinho. É mesmo de envergonhar! Depois daquele 8 de julho de 2014, o povo se afastou da Seleção, como o diabo foge da cruz. Não há mais empatia, amor, não restou mais nada. Somos um bando em campo, time de pelada, em que o técnico joga o colete e cada um pega o seu.
Curiosamente, a atual geração enche estádios, como se estivessem vendo os craques do passado. Isso para ver um futebol onde a bola rola 45 minutos – a Fifa exige o mínimo de 75% de bola rolando –, arbitragens péssimas, 50 faltas por jogo, brigas em campo e fora dele, para aplaudir “pseudos-craques”, milionários aos 20 anos. E, para fechar, os jogadores que tomaram de 4 da Argentina, fora o baile, já estão todos na Europa, curtindo seus carrões, suas mansões, seus iates e por aí vai. “O povo brasileiro, ah, que se dane”, pensam eles, pois sabem que no próximo jogo no Brasil os “otários” pagarão R$ 700 por um ingresso para ver esse futebol medíocre, esse bando em campo. E assim seguimos no país da fantasia, da mentira e da corrupção. O último que sair, apague a luz! VERGONHA É A PALAVRA DE ORDEM!
Luto
Conheci Fuad Noman há 20 anos, em sua fazenda, numa cavalgada com nossos amigos Nélio Brant e Josemar Gimenez. Fizemos amizade dali em diante, com muito carinho e respeito. Um cara íntegro, sério, de princípios. Ontem, ele nos deixou, aos 77 anos. Descanse em paz meu amigo. Que Deus o receba e conforte sua família. E ao Álvaro Damião, novo prefeito, nossos sentimentos e um grande governo. Damião é um homem do povo e já mostrou isso nesse período de interinidade. Vai ser um dos melhores prefeitos de BH. Tenha meu apoio, pois acima de ser um político, você é um homem simples, honesto e tem se mostrado um ótimo gestor.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.