Suicídio é uma questão de saúde pública global, com mais de 700 mil mortes anuais -  (crédito: divulgação)

Suicídio é uma questão de saúde pública global, com mais de 700 mil mortes anuais

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O Setembro Amarelo é uma campanha nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio, uma das principais causas de morte evitáveis no Brasil e no mundo. O tema deste ano, lançada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), é “Se precisar, peça ajuda!”. A iniciativa busca, mais uma vez, quebrar o silêncio em torno do tema, e mobilizar a sociedade na luta contra o suicídio, que continua a ser uma das principais causas de morte evitáveis no mundo.

 

 



De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma questão de saúde pública global, com mais de 700 mil mortes anuais, número que pode ultrapassar 1 milhão se consideradas as subnotificações. No Brasil, cerca de 15 mil pessoas tiram suas próprias vidas anualmente, o que equivale a 39 óbitos por dia, um caso a cada 40 minutos, segundo o Ministério da Saúde. Entre idosos, os dados são ainda mais alarmantes, enquanto a taxa geral de suicídio entre os brasileiros é de 5,8 para cada 100 mil habitantes, entre pessoas com mais de 70 anos, ela sobe para 8,9 por 100 mil habitantes, conforme o relatório epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde em 2017.

 



Que tipo de sociedade oferece ao idoso o suicídio como destino, depois de uma vida inteira dedicada ao trabalho e à família, sinta-se um estorvo? A prevenção do suicídio é tarefa de todos, discutir a saúde mental de quem tem 60 anos ou mais torna-se ainda mais relevante em decorrência de que o nosso país vai se tornando cada vez mais grisalho.  Juntos, podemos fazer a diferença e mostrar que a vida importa.

 



Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos suicidas, é fundamental buscar ajuda imediatamente. Pequenas mudanças podem indicar um pedido de ajuda, então preste atenção aos sinais:

    • Perda de interesse por atividades que curtia antes ou compromissos;
    • Conversas em tom de despedida com frases como “preferia estar morto”, “quero desparecer” ou “que já cumpriu a missão na vida”;
    • Achar que os outros ficarão melhor depois da sua morte;
    • Isolar-se e não ter esperança no futuro;
    • Achar que ninguém pode ajudar;
    • Descuido com a própria higiene;
    • Alterações no sono e no apetite.

 

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Nem sempre os sinais de que o suicídio pode ocorrer estão sempre claros. Por isso, a importância de ouvir o idoso e acolhê-lo em suas queixas e angústias, conversar é a melhor solução. “Quem nos procura, normalmente está se sentido solitário ou precisa conversar de forma sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações”, reforça o CVV (Centro de Valorização da Vida) que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente, há mais de 60 anos, pelo telefone 188 (24 horas por dia e sem custo de ligação), chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços. O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia, inclusive nos feriados. Não deixe de procurar ajuda.

Setembro Amarelo 2024: se precisar, peça ajuda!