À medida em que a expectativa de vida dos brasileiros vai aumentando, não importando a cor, gênero ou classe social, provavelmente experimentaremos o etarismo -  (crédito: Pixabay)

À medida em que a expectativa de vida dos brasileiros vai aumentando, não importando a cor, gênero ou classe social, provavelmente experimentaremos o etarismo

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A juventude de 1968 - geração do sexo, drogas e rock and roll - forjou a imagem do “Jovem”, e, ao mesmo tempo, e sem saber, acabou também sendo responsável pelo etarismo, esse preconceito que cobra a conta justamente dos mais velhos. No final dos anos 60 não bastava afirmar o novo, supervalorizar a busca da eterna juventude, era preciso destruir e desmoralizar o velho - na política, nas artes, na vida - culpando os pelos males do mundo. Corroborando com o relatório global sobre preconceito etário da OMS – Organização Mundial da Saúde, de março de 2021, de que uma em cada duas pessoas no mundo tenha atitudes discriminatórias devido a idade.

 

 

 

Como ninguém é jovem para sempre, à medida em que a expectativa de vida dos brasileiros vai aumentando, não importando a cor, gênero ou classe social, provavelmente experimentaremos o etarismo. Se a geração de 1968 inventou o “Jovem” (e o etarismo), cabe às pessoas com 40 anos ou mais - até 2050 a maioria dos brasileiros terá mais de 60 anos - reinventar o “Velho”.

 

 

Gostar de sair para beber ou dançar? Namorar? Viajar? Encontrar amigos? Querer mudar de carreira? Empreender? Pois bem, acredite: nada disso é exclusividade dos mais jovens. Os velhos de hoje estão vivendo mais, são muito mais saudáveis e estão por toda parte, nos restaurantes, viagens de turismo, nos shoppings, nas academias, bem diferente dos idosos do passado. Todos têm direito de fazer aquilo que lhes permita serem felizes, independentemente da idade.

 

 

O processo de envelhecimento contemporâneo permite diferentes visões e reflexões sobre o viver e o envelhecer, e cada idoso pode engendrar o seu próprio caminho, sem regras pré-estabelecidas. Com o aumento da qualidade de vida, avanços científicos que controlam o envelhecimento e as doenças da idade avançada até qual idade é possível chegar na vida? Embora não exista uma fórmula mágica para a longevidade, alguns estudos têm mostrado que seguir determinados hábitos ao longo da vida podem nos ajudar a chegar aos 100 anos.

 

E aí, preparado para viver 100 anos? O que você acha dessa ideia? Provocam Ricardo Pessoa e Marco Antônio Vieira Souto, numa conversa recheada de informações importantes que gostaríamos de ter ouvido quando tínhamos 30-40 anos, no livro “E aí, preparado para viver 100 anos”. A ideia dos autores foi fazer uma 'consciência situacional' para quem está começando a jornada para os 100 anos. O PDF, gratuito, do e-book pode ser baixado

 

 

É preciso afastar o etarismo, que afeta não só os que têm mais de sessenta, mas também os jovens de agora no futuro. Todos envelhecemos, todos nós, sem exceção. Não temos escolha, não há como parar o tempo.

 

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