“Brain Rot” (cérebro apodrecido ou atrofia cerebral, em tradução literal) é a palavra do ano de 2024, ao menos em inglês, segundo o Dicionário Oxford. O termo é a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente vista como resultado do consumo excessivo de material (principalmente conteúdo online) considerado trivial ou pouco desafiador. Embora “Brain Rot” esteja sendo usado massivamente pela geração Z (pessoas nascidas entre os anos de 1995 e 2010), o termo apareceu pela primeira vez em 1854 no livro “Walden ou a A Vida nos Bosques” e foi usada pelo autor H.D. Thoreau para criticar a desvalorização de ideias complexas em favor das mais simples, comparando ao apodrecimento das batatas: “Enquanto a Inglaterra se esforça para curar a praga da batata, não haverá nenhum esforço para curar a praga do cérebro – que prevalece muito mais ampla e fortemente?”

 

 



É normal e usual, conforme envelhecemos, o cérebro passar por alterações estruturais e funcionais que podem reduzir o desempenho cognitivo em alguns domínios, como velocidade de processamento de informações e problemas de memória. Os impactos do “Brain Rot” vão muito além de uma simples distração. O grande ponto é a sensação de “cérebro apodrecido”, esse sentimento que você tem após ficar horas rolando os feeds das redes sociais, que pode estar acelerando o declínio cognitivo de muitas pessoas com mais de 60 anos.

 

 



 

Para proteger sua saúde mental, especialistas sugerem 4 práticas de extrema importância para se evitar o “Brain Rot”:

    • Escolha conteúdos de qualidade
Assim como o corpo precisa de alimentos saudáveis, a mente necessita de conteúdo de qualidade. Substituir conteúdos efêmeros por materiais ricos e inspiradores, como livros, podcasts educativos ou documentários, é uma forma de alimentar a mente com estímulos construtivos.


    • Estabeleça limites digitais
Configure horários sem tecnologia, como as primeiras horas do dia. Além disso, utilize ferramentas ou aplicativos para monitorar e limitar o tempo gasto em redes sociais. Pequenos ajustes, como configurar horários específicos para usar o celular, podem ajudar a reduzir a dependência.


    • Conecte-se a novas experiências
Atividades que envolvam aprendizado e criatividade, como cozinhar, tocar um instrumento ou praticar esportes, podem substituir o consumo digital desnecessário. Atividades offline, como leitura, jardinagem ou hobbies manuais, ajudam a recarregar a mente e combater a sobrecarga informacional.


    • Procure apoio psicológico
Se os sintomas de exaustão emocional persistirem, um psicólogo pode ajudar a desenvolver estratégias para reduzir a dependência e promover a regulação emocional.

 

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Afinal, o uso do seu tempo online pode ser considerado agente de evolução ou decadência de sua cognição?

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