Com o tempo, os vibradores elétricos passaram a ser comercializados diretamente como produtos destinados ao prazer sexual -  (crédito: Velle/Divulgação – 15/7/20)

Com o tempo, os vibradores elétricos passaram a ser comercializados diretamente como produtos destinados ao prazer sexual

crédito: Velle/Divulgação – 15/7/20

Em um mundo em constante evolução, a sociedade tem experimentado uma mudança significativa na maneira como encara a sexualidade. Entre os tópicos frequentemente envoltos em tabus, a masturbação feminina tem sido um tema negligenciado por muito tempo. No entanto, é necessário explorar e compreender a importância desta prática na vida das mulheres e reconhecer esse ato como uma manifestação saudável da sexualidade feminina.

 

Como começou essa história da masturbação feminina?

 

A sexualidade feminina não tem muita atenção como a sexualidade masculina, mas nem sempre foi assim. Pesquisas apontam que, entre o final do século XIX e início do século XX, os médicos nos EUA e no Reino Unido relacionavam a saúde da mulher a partir do comportamento sexual. Os especialistas relacionaram o orgasmo feminino a um indicador de saúde.

 

Lançado em 2011, o filme 'Hysteria' ilustra de maneira divertida sobre o vibrador criado pelo médico britânico George Taylor, em 1869. O filme foi dirigido por Tanya Wexler e se passa na Inglaterra do século XIX.

 

Vibradores elétricos

 

Graças ao avanço da eletricidade e das tecnologias no final do século XIX e início do século XX, surgiram os vibradores elétricos. Com o tempo, esses dispositivos foram sendo desvinculados de suas origens médicas e passaram a ser comercializados diretamente como produtos destinados ao prazer sexual.

 

Manifestação natural

 

Para se beneficiar da masturbação, o primeiro passo é ter consciência da importância do autoconhecimento através da masturbação saudável e que faz parte das necessidades e desejos de cada mulher. Compreender a masturbação como uma manifestação natural da sexualidade é uma questão de autonomia da mulher. Nós, profissionais, devemos encorajar as mulheres a explorarem o prazer. Isso cria uma base sólida para relacionamentos saudáveis, além de que a mulher não cria dependência do prazer proporcionado por outra pessoa.

Por isso, é importante promover uma abordagem positiva na educação sexual. Isso contribui para a construção de uma sociedade mais informada, afastando os mitos que cercam o tema. Quando abordamos de uma forma natural a masturbação feminina como uma manifestação saudável da sexualidade, estamos promovendo a liberdade sexual feminina e quebrando estigmas que persistiram na sociedade atual. É hora de reconhecer a autenticidade das experiências femininas como um componente essencial da jornada de autodescoberta e bem-estar sexual.

 

Alívio do estresse

 

Estudos mostram que a masturbação libera substâncias, como endorfina, e reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Com a prática da autoestimulação, as mulheres experimentam uma sensação de relaxamento que contribui para o alívio do estresse e da ansiedade. Além disso, existem outros benefícios:

 

O orgasmo liberado durante a masturbação promove um sono mais reparador. A liberação de hormônios como a prolactina e a serotonina após o orgasmo pode induzir uma sensação de relaxamento, facilitando o adormecimento.

 

O autoconhecimento através da masturbação é uma grande descoberta de independência, pode acreditar! Esse comportamento de autodescoberta pode ter impactos significativos na autoestima e na confiança da mulher. Aceitar e apreciar sua sexualidade contribui para uma imagem corporal mais positiva e uma maior autoconfiança.

 

Compreensão mútua

Quando a mulher compreende suas próprias necessidades e prazeres, e enxerga de forma natural, está mais propensa a comunicar-se melhor efetivamente com seu parceiro. Isso pode levar a relacionamentos mais saudáveis e satisfatórios, com a compreensão mútua das preferências sexuais.

 

E você? Acredita que as mulheres que trabalham o autoconhecimento através da masturbação estão mais dispostas a se comunicarem com os seus parceiros sobre suas relações sexuais?