Rendimento habitual do trabalhador continuou subindo e chegou a R$ 3.078, contra R$ 3.031 em outubro -  (crédito: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Rendimento habitual do trabalhador continuou subindo e chegou a R$ 3.078, contra R$ 3.031 em outubro

crédito: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

 

Duas pesquisas divulgadas ontem mostram um cenário melhor para a economia neste início de ano. Nada que gere euforia, mas que pode elevar a confiança no curto prazo. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro, de 7,6% – a mais baixa desde 2015 – mostra estabilidade no mercado de trabalho que resistiu à desaceleração da economia gerada pelas altas taxas de juros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o desemprego estabilizado em relação ao trimestre encerrado em outubro, o rendimento habitual do trabalhador continuou subindo e chegou a R$ 3.078, contra R$ 3.031 em outubro e R$ 2.965 em janeiro do ano passado.. Com isso, o rendimento habitual de todos os trabalhos aumentou 1,6% no trimestre e 3,8% na comparação anual.

Com o desemprego estabilizado e o rendimento aumentando, os brasileiros iniciaram o ano mais confiantes. A primeira edição da pesquisa Radar Febraban de 2024 mostra que mais da metade dos brasileiros (57%) acredita que o Brasil vai melhorar este ano, enquanto para 48% dos entrevistados a situação do país está melhor em relação ao ano anterior. E ainda: para 75% dos entrevistados a vida pessoal estará melhor daqui a 12 meses, maior percentual da série histórica do levantamento.

O otimismo só não é maior porque ainda há uma preocupação com relação à inflação. Como os reajustes de preços são percebidos no dia a dia, 7 a cada 10 brasileiros avaliam que o valor dos produtos aumentou ou subiram muito. Os 67% representam 13 pontos percentuais a mais do que em dezembro. Já o número dos que afirmam ter havido redução de preço despencou de 24% em dezembro para 11% em fevereiro. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas nas cinco regiões do país entre 14 e 20 de fevereiro e foi realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Para Adriana Beringuy, 2024 começou de forma diferente em relação ao comportamento do desemprego na série histórica. “Costumamos ter uma estabilidade da população ocupada no trimestre encerrado em janeiro, ou até mesmo uma queda dessa população e esse fato não está ocorrendo em 2024. Pelo contrário, vemos uma expansão da ocupação”. Para o economista Igor Cadilhac, do PicPay, “o mercado de trabalho segue forte e com uma composição saudável, recuperando suas características intrínsecas”.

Mas se por um lado os números mostram um cenário positivamente diferente neste início de ano, por outro, as taxas de juros ainda altas seguem sendo um fator de desaquecimento, o que pode afetar o mercado de trabalho. “Olhando para frente, entendemos que os efeitos defasados da política monetária contribuirão para uma desaceleração da atividade econômica e um consequente aumento da taxa de desemprego”, afirma Igor Cadilhac. Segundo ele, a expectativa é de que a taxa de desemprego retorne ao patamar registrado há 12 meses, ficando em 8,3%, apenas 0,01 ponto percentual abaixo dos 8,4% verificados no primeiro mês de 2023.

 

Salários

R$ 305,1 bilhões - É o valor da massa de rendimentos real habitual registrada no trimestre encerrado em janeiro, um recorde desde 2012


Casa inteligente

Para mostrar o funcionamento de uma casa inteligente, a DPR Telecomunicações vai iniciar por Pitangueiras e Guaíra, em São Paulo, a visita do Digital Truck, um caminhão show equipado com itens de uma casa inteligente desenvolvida em parceria com a Nokia. Na parte há TV smart, câmeras inteligentes, Alexa, tomadas inteligentes entre outros itens. A ação nas cidades é realizada pela Nicnet, uma provedora de internet.


Energia

Uma prévia do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostra aumento de 6,6% no consumo de energia em janeiro em relação ao primeiro mês de 2023. A demanda de energia fechou janeiro em 71.200 megawatts médios (MWm), sendo que 45.458 MWm foram fornecidos pelo mercado regulado, que atende residências e pequenas empresas. Os outros 25.742 foram para o mercado livre.