Com tecnologia inovadora, que transforma resíduos em um condicionador do solo com capacidade de armazenar água na terra e sequestrar carbono da atmosfera, a NetZero iniciou há cerca de um ano a produção de biochar (biocarvão) a partir da palha da cafeicultura e agora vai deslanchar a produção em Minas.
Depois de investir cerca de R$ 20 milhões na primeira fábrica em Lajinha, na Zona da Mata, inaugurada em abril do ano passado, a NetZero vai inaugurar a segunda unidade em maio, em Brejetuba (ES) e em abril inicia as obras da terceira fábrica, em Machado, no Sul do estado, com previsão de investimentos em torno de R$ 20 milhões.
A quarta unidade deve ser implantada na região de Manhuaçu. Até 2025 serão 11 fábricas no estado, com investimentos entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões e produção da ordem de 45 mil toneladas/ano.
O processo envolve produtores de café, que fornecem a casca para a fabricação do biochar e em troca recebem parte da produção e compram o adicional a preço de custo. “É tecnologia 100% nacional, inclusive com os equipamentos fabricados no Brasil”, destaca Pedro de Figueiredo, cofundador e CEO da NetZero Brasil.
“Com o biochar, o Brasil tem o status de primeiro local no mundo onde se tem uma agricultura sustentável”, acrescenta. Com capacidade nominal para produzir 4.000 toneladas/ano de biochar, cada fábrica demanda 16 mil toneladas de casca de café. Com essa produção, o projeto retira 6.500 toneladas de CO2 da atmosfera. “Nós queremos levar uma fábrica de biochar para a COP 30, em Belém”, anuncia Pedro de Figueiredo.
Safra boa
A chegada das chuvas mais cedo no Sul de Minas em relação ao cerrado é um sinal promissor para a safra de café arábica na região, podendo superar a colheita do ano passado. A avaliação consta do Radar Agro Mensal, relatório feito pela Consultoria Agro do Itaú BBA. Além de o preço médio da saca ter registrado crescimento de 2,2% em fevereiro, chegando a R$ 1.000 a saca, a estimativa é de que a safra atinja 69,4 milhões de sacas, com aumento de 4,6%, sendo 46,2 milhões de sacas de arábica e 23,1 milhões de sacas de conilon. Com o aumento da produção, o Itaú BBA estima em 4,6 milhões de sacas o superávit entre a produção e o consumo mundial em 2024/25.
Além da drogaria
A centenária rede mineira Drogaria Araujo, que no dia 20 completou 118 anos, se transformou em mais do que uma drugstore e quer ser um hub de saúde. A rede, que surgiu em 1906 na recém-fundada Belo Horizonte, conta hoje com mais de 240 lojas na capital e Grande BH e perto de 340 filiais distribuídas por mais de 60 municípios mineiros.
Com investimentos da ordem de R$ 150 milhões este ano em novas lojas e reformulações, a Araujo avançou na comercialização de produtos de marca própria, com a Mió devendo ultrapassar este ano o patamar de 400 itens, e nos canais de venda digitais, que já responde por 14% do faturamento, que este ano é previsto em R$ 4,4 bilhões. “O que o cliente precisa, a nossa Araujo tem”, afirma o presidente da companhia, Modesto Araujo Neto.
Fornecedor local
Com a previsão de instalar sua nona loja em Minas Gerais este ano, com a chegada a Juiz de Fora, o Assaí Atacadista está ampliando sua presença no estado também com a construção de uma rede de fornecedores locais. No ano passado, a rede fechou com 15% dos fornecedores de 21% das marcas oferecidas nas lojas provenientes da produção regional.
“Com a nossa forte expansão em Minas, buscamos estreitar o relacionamento com fornecedores locais de forma a impulsionar ainda mais os seus negócios. Hoje, 90% dos nossos fornecedores de frutas, legumes e verduras em Minas são de produtores e agricultores locais”, diz Murilo Coelho, Diretor Regional do Assaí Atacadista em Minas.
“Temos o dever de fazer mineração que gere recursos, renda, mas que tenha muita responsabilidade social, muita escuta, muita humildade com as comunidades onde estamos inseridos, muita vontade de fazer cada vez melhor e com mais responsabilidade e transparência”
Ana Sanches, CEO da Anglo American e nova presidente do Conselho Diretor do Ibram
Março melhor
Com a previsão de investir R$ 370 milhões este ano e inaugurar três lojas em Minas Gerais e duas no Rio de Janeiro, o Grupo Mart Minas está otimista com a retomada das vendas em março.
Segundo o presidente do Mart Minas, Murilo Martins Amaral, depois de um início de ano fraco, as vendas de março estão melhores. “Em março, as vendas estão 8% maiores do que no mesmo período do ano passado”, afirma Murilo Martins. Com relação às novas lojas, elas serão implantadas em Betim, Pirapora e Januária, em Minas, e em Mesquita e Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Do total de investimentos, R$ 200 milhões vão para a expansão do Mart Minas e R$ 150 milhões para as lojas Dom Atacadista.
Nos trilhos
A MRS Logística fechou o ano passado com 197,5 milhões de toneladas transportadas, um recorde anual na história da empresa, que registrou receita bruta de R$ 6,9 bilhões e realizou investimentos de R$ 1,8 bilhão.
Além desses investimentos, feitos para dar sustentabilidade ao negócio e atender às exigências da concessão dos 1.643 quilômetros de ferrovias que administra em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, a MRS investiu R$ 1 bilhão na compra de 30 locomotivas da Wabtec Corporation e 560 vagões do tipo gôndola da Greenbrier Maxion. Os negócios foram fechados em janeiro e fevereiro e o material rodante será entregue até o fim deste ano.