Com uma redução das emissões de carbono que chega a 30% em relação a 2019, a unidade de produção de alumínio da Alcoa em Poços de Caldas, no Sul do Estado, se tornou a operação integrada (que vai da mina ao produto final), a com menor emissão de carbono em todo o setor no mundo. Hoje, a Alcoa Poços de Caldas emite 0,3 toneladas de CO2 por tonelada de alumínio produzida. Para se ter ideia do feito, a meta do setor no país é chegar a 0,65 em 2030. O índice é resultado de investimentos de R$ 330 milhões realizados entre 2020 e 2022. Os recursos foram destinados à instalação de um filtro prensa para tratamento dos rejeitos da mineração (foto), à eletrificação das caldeiras na refinaria de alumina e à desativação da unidade de conversão da alumina em alumínio primário.

 

“Com o filtro prensa nós retiramos até 30% da umidade e conseguimos empilhar o material, enquanto a água, com soda cáustica, volta para a produção num circuito fechado”, explica Rodrigo Giannotti, gerente de Refinaria e Áreas de Resíduos de Bauxita da unidade da Alcoa em Poços. Além de eliminar o uso da barragem de rejeitos, o processo gera um material que pode ser utilizado na produção de cimento. “Nós fizemos um teste com 9 mil toneladas de rejeito sólido com a Intercement no ano passado com sucesso”, diz Giannotti. De acordo com ele, a tecnologia de filtro prensa será implantada agora na Alumar, no Maranhão, onde a Alcoa é sócia.

 



 

Única produtora

Além de ser a unidade com menor emissão de CO2 no mundo, a Alcoa Poços de Caldas é a única fábrica da empresa em todo o mundo a produzir pó de alumínio, além de produzir aluminas especiais, de uso não metalúrgico, e o hidróxido de alumínio, usado no tratamento de água. Hoje, a unidade de Poços tem capacidade para produzir 150 mil toneladas/ano de alumina, sendo aluminas especiais para o setor de refratários e de produtos retardantes de chamas e para indústria de vidro. Hoje, a unidade destina 30% da sua produção para as aluminas e 70% para o hidrato. O produto da Alcoa é usado no tratamento de água de toda a região Sudeste. Já o pó de alumínio é produzido pela re-fusão do alumínio (30% sucata e 70% alumínio primário) para produção de tarugos (tubos de alumínio) e o pó, usado em tintas e como combustível em altos-fornos e até em foguetes. Por ano são produzidas 30 mil toneladas/ano de tarugos e 10 mil toneladas/ano de pó de alumínio.

 

Sol em Minas

Com a meta de reduzir em 15% a emissão de CO2 por tonelada de aço produzida até 2030, a Usiminas tem na substituição na energia elétrica uma das formas de reduzir suas emissões. A empresa assinou com a Canadian Solar um contrato para o fornecimento de 30 megawatts (MW) médios de energia gerada pela Canadian por 15 anos na forma de autoprodução. A energia deve representar cerca de 12% do volume de energia consumido pela siderúrgica. Para Minas, a boa notícia é que a usina fotovoltaica, que à época da assinatura do contrato, no início de 2022, seria instalada em Goiás, agora está sendo implantada em Jaíba, no Norte de Minas. As obras do parque solar de 120 MW já tiveram início e o fornecimento de energia deve começar no próximo ano.

 

Futuro do lítio

O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e ex-presidente da Vale e da Acesita Wilson Nélio Brumer integra há cerca de oito meses o Conselho de Administração da Companhia Brasileira de Lítio (CBL), única empresa produtora de compostos de lítio no Brasil. Operando a Mina Cachoeira, em Araçuai e Itinga, onde produz mais de 40 mil toneladas/ano de concentrado de espodumênio, e uma indústria química em Divina Alegre, onde fabrica 1,5 mil toneladas/ano de carbonato de lítio e também hidróxido de lítio com grau de pureza para uso em usinas nucleares, a empresa adquiriu uma área adjacente à mina e deve efetuar um levantamento geológico para confirmar a extensão total das suas reservas. Hoje, entre recursos medidos e indicados, a empresa detém 4,5 milhões de toneladas. Uma expansão futura é avaliada, mas a queda de 80% nos preços do lítio em 2023 reduz o apetite por novos projetos hoje.

 

Terminal de carga

Com investimentos da ordem de R$ 50 milhões e a previsão de gerar 250 empregos, a MRS Logística vai instalar o Terminal Multimodal do Horto em uma área de 20 mil metros quadrados no Bairro Boa Vista, na Região Leste da capital. A obra foi viabilizada por um termo de compromisso assinado entre a empresa e a Prefeitura de Belo Horizonte. As obras do terminal serão executadas este ano e a inauguração está prevista para 2025. Segundo a MRS, o terminal vai melhorar a logística de transporte na capital, com a redução de aproximadamente 5.600 viagens/ano de caminhões na região metropolitana. Além disso, durante as obras devem ser gerados R$ 1,6 milhão em Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Ao longo de 30 anos, a arrecadação pode chegar a R$ 15 milhões (média anual de R$ 455 mil). O terminal terá a capacidade de movimentação de quase 60 mil toneladas por mês, balança rodoviária, área de armazenagem para diversos tipos de carga, área administrativa integrada e possibilidade de intercâmbio de cargas entre ferrovias.


“A promoção das rotas prioritárias, organizadas pelo Sebrae e em parceria com a Secult, vai ao encontro da nossa proposta de potencializar e fomentar o turismo em Minas Gerais, setor que gera emprego e renda e atrai investidores de todo o mundo”

Leônidas Oliveira, secretário de Cultura e Turismo, sobre as rotas prioritárias em Minas

 

Força das pequenas

Com R$ 120 milhões em financiamentos liberados no primeiro trimestre deste ano, as micro e pequenas empresas batem recorde e aumentam em 36% as captações junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Nos três primeiros meses do ano passado as micro e pequenas empresas tiveram liberados pelo banco R$ 88,3 milhões. Segundo o BDMG, “o resultado histórico está relacionado às reduções de taxas de juros para mulheres empreendedoras, em março”. Essa redução gerou um aumento de 75% nos financiamentos para essas linhas em relação ao mesmo mês do ano passado.

 

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