O programa deve beneficiar principalmente a indústria de transformação brasileira, que, mesmo com a estagnação do setor industrial no primeiro trimestre, registrou crescimento de 0,7% -  (crédito: Cristina Horta/EM/D.A Press – 29/3/16)

O programa deve beneficiar principalmente a indústria de transformação brasileira, que, mesmo com a estagnação do setor industrial no primeiro trimestre, registrou crescimento de 0,7%

crédito: Cristina Horta/EM/D.A Press – 29/3/16


O Crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano sobre o trimestre anterior e de 2,5% sobre os três primeiros do ano passado mostram mais do que apenas uma retomada da geração de riqueza depois de dois trimestres de estagnação. Os dados indicam que pode estar ocorrendo já os efeitos das medidas do governo federal para reindustrializar o país. Os investimentos do governo e privados e a indústria de transformação sustentaram o crescimento econômico no início deste ano e, a se confirmar nos próximos trimestres, podem se tornar, junto com o consumo, o pilar de sustentação do desenvolvimento econômico do país.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos feitos pelo governo e o setor privado, fechou o período de janeiro a março deste ano totalizando R$ 488,8 bilhões, com crescimento de 4,1% sobre o último trimestre de 2013 e de 2,7% sobre igual período do ano passado. É o primeiro crescimento depois de três quedas consecutivas. Com a alta, os investimentos neste início de ano representam 16,9% do PIB, ainda longe da média de 20,5% registrada entre 2010 e 2014 dos 22,5% estimados pelo setor de infraestrutura para que o pais tenha um crescimento sustentável por vários anos.

Em relação à participação no PIB, como tanto os investimentos quanto a geração de riqueza aumentaram, a taxa do primeiro trimestre está abaixo da participação de 17,1% dos investimentos no PIB no primeiro trimestre do ano passado. Mas ainda assim é uma reação e há indícios de que ela se sustente ao longo deste ano. Principalmente em função das medidas tomadas pelo governo, como o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) aprovado quarta-feira no Senado e que vai garantir a concretização dos aportes de mais de R$ 100 bilhões já anunciados pelo setor automotivo.

Além do Mover, os programas Nova Indústria Brasil, Brasil Mais Produtivo e a lei da Depreciação Acelerada devem garantir a sustentabilidade dos investimentos privados neste e nos próximos anos. Apenas a Depreciação Acelerada, que deve conceder R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos pelas indústrias. Segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e de bancos privados, a lei pode alavancar investimentos de R$ 20 bilhões, com impacto no PIB e na geração de empregos. Além disso, permitirá a modernização do parque fabril brasileiro com custo financeiro reduzido.

O programa deve beneficiar principalmente a indústria de transformação brasileira, que, mesmo com a estagnação do setor industrial no primeiro trimestre, registrou crescimento de 0,7% em relação aos três últimos meses de 2023 e avanço de 1,5% sobre o primeiro trimestre. Essa alta, segundo análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) esse crescimento garantiu a estabilidade do setor industrial no PIB do primeiro trimestre. “A reação da indústria de transformação foi favorecida pela retomada dos investimentos, que pelo lado da demanda foi quem liderou o crescimento do PIB neste primeiro trimestre do ano”, diz o Iedi na análise “Crescimento do PIB com reação da indústria de transformação”.


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