Como parte de um Programa Global de Reflorestamento, a Nestlé vai iniciar em setembro o plantio de 6 milhões de árvores no Brasil para restaurar trechos dos biomas Mata Atlântica e Cerrado em uma área de 4 mil hectares que se estenderá da Região Metropolitana de Belo Horizonte a Montes Claros, no Norte do estado. A cobertura de toda a área com mais de 100 espécies nativas no entorno de nascentes, córregos e rios que integram as bacias dos rios Doce e São Francisco deve ser feita até 2027, com acompanhamento e monitoramento nos próximos 30 anos. O projeto será financiado pela Nestlé, gerenciado pela NatureCo, empresa australiana de soluções baseadas na natureza, e executado pelo Instituto Espinhaço, de Conceição do Mato Dentro, com foco em reflorestamento para recuperação de bacias hidrográficas.



Segundo Barbara Sapunar, diretora-executiva de Business Transformation da Nestlé Brasil, o projeto faz parte do compromisso da empresa de se tornar Net Zero até 2050, com ações que envolvem agricultura regenerativa e circularidade das embalagens, além de recuperação ambiental das áreas onde tem sua cadeia de suprimento em todas as regiões do mundo onde atua. “São áreas onde tem cadeia produtiva vinculada ao café e ao leite e nosso papel é recuperar, de forma que se encaixam na restauração de ecossistemas”, diz Barbara em relação às áreas que serão reflorestadas no estado.

 





“O desafio de plantar nessas áreas, dando importância ao mix natural desses ecossistemas é em 10, 15 ou 20 anos recuperar a água nessas regiões, com um solo mais saudável, de forma a restaurar a biodiversidade”, afirma Barbara. De acordo com a diretora da Nestlé o projeto não envolve aquisição dessas áreas, mas sim uma parceria com os produtores rurais da região, que receberão um incentivo de US$ 75 por hectare (cerca de R$ 412,50) e ainda um percentual do crédito de carbono que será gerado pela mata regenerada na sua propriedade. A maior parte dos serviços e a mão de obra serão contratados em cada município.

 



“Ele terá o benefício da recuperação ambiental que pode servir para regularizar a propriedade”, diz Barbara Sapador. Lembrando que em todo o mundo a iniciativa da Nestlé envolve o plantio de 200 milhões de árvores nas regiões onde atua. “Nós vamos começar em setembro e esperamos ao longo de três anos efetivar. Nossa ambição, dentro do plano global, é atrair mais árvores para o mercado brasileiro. Barbara não revela valores do projeto, dizendo apenas que ele será financiado por fundos da própria Nestlé, mas considerando que todos os 4 mil hectares estejam em propriedades privadas, apenas o incentivo aos produtores vai custar algo próximo de US$ 300 mil (R$ 1,65 milhão). Sem considerar a compra de mudas, o cercamento das áreas e a preparação do solo.



Como o plantio de árvores é apenas uma parte dos projetos da Nestlé para reduzir sua pegada de carbono no Brasil, Barbara conta que hoje 98,5% das embalagens podem ser recicladas, mas a meta é chegar a 100% de reciclagem até 2025, com estímulo à formação de uma cadeia que vai da captação da embalagem plástica descartada até a sua reinserção em uma linha de produção. “Para reduzir o uso de plástico nós temos várias iniciativas, como a remoção da tampa das embalagens de bebidas lácteas e a remoção do plástico que envolvia as caixas de bombom”, conta a executiva.

 



Apenas essa última iniciativa, de acordo com ela, representa uma redução da ordem de 450 toneladas de plástico. Para a diretora-executiva de transformação de negócios da Nestlé do Brasil, há avanços na reciclagem do plástico no país, mas é necessário um esforço, com a colaboração do poder público, para que se crie uma cadeia de transformação do plástico a partir da reciclagem. “Há apenas três meses a Anvisa aprovou o uso de material reciclado em contato com alimentos e isso precisa ter disponibilidade em escala, o que vai dar tração e criar mercado”, ressalta Barbara Sapunar.



R$ 23 milhões

É o valor do financiamento do BNDES para a Mil Madeiras Preciosas, empresa especializada no manejo sustentável de mata nativa na Amazônia.


No celular



Com a popularização do Pix, os brasileiros já usam mais o celular do que as agências bancárias. Pesquisa da Febraban mostra que sete em cada 10 transações bancárias feitas por brasileiros são via celular. Entre 2019 e 2023, as transações pelo smartphone tiveram crescimento de 251%. No ano passado foram 130,7 bilhões de operações bancárias feitas nos smartphones dos clientes, com alta de 22% sobre 2022.



Mais café



A estimativa de safra dos Cafés do Brasil para o ano cafeeiro de 2024 é de um volume físico de 58,81 milhões de sacas de 60Kg, o que, se confirmado, representará um aumento de 6,8% em relação a 2023, ano em que foram colhidas 55,07 milhões de sacas. Hoje, a área plantada com café em produção soma 1,9 milhão de hectares, com uma produtividade média de 30,9 sacas por hectare.

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