Mesmo com as taxas de juros elevadas, a economia brasileira mostra resiliência e vai crescer muito acima do que economistas e analistas previam no início deste ano. O desempenho no terceiro trimestre vai ser divulgado apenas em 3 de dezembro, mas dados de julho mostram o setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB, registrando crescimento, enquanto a indústria teve queda. O desemprego estável em patamar baixo e o aumento da renda dos trabalhadores devem garantir o crescimento do consumo das famílias, com os dois fatores dando sustentação a uma estabilidade da expansão da economia entre julho e setembro.

 




A dinâmica econômica deve ganhar tração nos três últimos meses do ano, com o ingresso de recursos do 13º salário e a abertura de vagas temporárias e com investimentos previstos e que começaram a sair do papel. E não será improvável que a economia brasileira possa ter um crescimento econômico acima de 3%, ou muito acima das previsões em janeiro. O aumento das projeções em relação ao PIB mostram exatamente essa perspectiva.

 

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O Boletim Focus divulgado na segunda-feira mostra os economistas e analistas do mercado prevendo uma expansão de 3% para o PIB este ano. Também nesta semana, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do PIB deste ano de 2,5% em julho para 3,2% agora. E na rodada de revisões para a economia brasileira este ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou a sua projeção de 1,9% em maio para 2,9% agora, elevando ainda a projeção para o próximo ano para 2,6%.


A explicação é simples. A divulgação do PIB do segundo trimestre, com expansão de 1,4%, e o efeito carregamento que ele produz, levará o PIB de 2024 a 2,5%. Se não houver nenhum crescimento de julho a dezembro, essa será a expansão da economia. “A marca de 2,5% seria, então, o crescimento de 2024 se nos próximos dois trimestres a economia do Brasil ficasse estagnada. Porém, vislumbramos mais crescimento pela frente, ainda este ano”, apontou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, ao divulgar as novas projeções.

 

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Nas contas do Ministério da Fazenda, estão exatamente os fatores mencionados acima. O setor de serviços será alavancado pela geração de postos de trabalho com aumento da renda e também pelas condições de crédito das famílias, que melhoraram com os programas de renegociação de dívidas. Já a indústria, principalmente a de transformação, será beneficiada pelas condições de crédito e pelos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os destravados pela Nova Indústria.


Ainda é incerto o impacto da seca e das queimadas que atingiram o país nos últimos meses sobre o agronegócio, mas a pecuária está com resultados positivos e a expectativa é de que a até mesmo a quebra da safra agrícola seja menor do que o projetado inicialmente, o que contribuirá para o desempenho da economia no segundo semestre.Detalhe. Caso efetivamente cresça acima de 3%, o Brasil está dentro da média global de crescimento, que nas projeções da OCDE será de 3,2%, e ainda haverá um carregamento estatístico para 2025, elevando as previsões para o próximo ano, quando efetivamente a alta das taxas de juros agora começarão efetivamente a surtir efeito.

 

Florestas

R$ 31,7 bi

Foi o valor da produção florestal brasileira em 2023, o que representa um crescimento de 11,2% e um recorde histórico, segundo o IBGE

 

Energia livre

Pelo menos 2.500 consumidores por mês devem migrar para o mercado livre de energia entre este ano e 2025, segundo a Abraceel. A entidade considera dados da Aneel que mostram que mais de 35 mil consumidores do Grupo A, de pequeno porte, já manifestaram às distribuidoras a troca de fornecedor de energia elétrica neste período Há 202 mil consumidores nessa faixa e 54 mil já migraram para o mercado livre até agora.

 

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Transportes

Com a previsão de movimentar R$ 480 milhões e receber 72 mil pessoas, começou ontem em São Bernardo do Campo, São Paulo, a 24ª Expo de Transportes do ABCD, a Feira dos Cegonheiros. Segundo os organizadores, a previsão é de que haja um crescimento de 20%. O evento, um dos maiores do países no setor de transportes, terá a exposição de caminhões pesados de marcas como Iveco, Scania, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

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