Com florestas plantadas a partir do fim da década de 1970 para atender à demanda de carvão vegetal pelas usinas siderúrgicas e da produção de celulose, Minas Gerais se consolidou como o estado com o maior valor da produção da silvicultura no país, com R$ 8,3 bilhões em 2023. O valor corresponde a 26% da produção de florestas plantadas no país, que no ano passado somou R$ 31,7 bilhões. Para se ter ideia da relevância de Minas no setor, o resultado do ano passado é 38% maior do que o valor do segundo colocado, o Paraná, com R$ 5,1 bilhões. O estado conta ainda com a maior área reflorestada com eucalipto (foto) no país, com 2,1 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 1,7% sobre 2022. O estado é também o maior produtor de carvão vegetal do país, com 88,1% do volume nacional. Na produção do insumo siderúrgico, o município de João Pinheiro, no Noroeste de Minas, é o maior produtor de carvão vegetal, com 437,2 mil toneladas, gerando uma receita de R$ 524,7 milhões no ano passado. A cidade é a segunda no ranking nacional da silvicultura, com um valor de
R$ 575 milhões. A produção de carvão no ano passado, que respondeu por 91,2% da produção da silvicultura na cidade, teve crescimento de 8,9% em valor. Os dados são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (Pevs), divulgada na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Chilenos

Um grupo de empresários e líderes nos setores de mineração, eficiência energética, energia limpa e energias renováveis chilenos participa na quinta e sexta-feira, em Belo Horizonte, da Chile Week Brasil 2024. Organizado pela ProChile, órgão do Ministério das Relações Exteriores do Chile, o evento, que abrange também São Paulo e Brasília, busca fomentar o intercâmbio de soluções e ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países. “A escolha de Belo Horizonte para finalizar a Chile Week não é apenas simbólica, mas altamente estratégica. Minas Gerais é um dos principais motores econômicos do Brasil, com uma forte presença em setores cruciais para o comércio bilateral, como mineração, metalurgia e energias renováveis”, diz a representante comercial da ProChile em Belo Horizonte, Fernanda Franco. Ela reforça que o estado é destaque como importador de produtos chilenos ligados à mineração, como bolas de moinho, salmão fresco, frutas secas e vinhos.


Aposta em Minas

Um dos maiores fornecedores de mão de obra especializada (engenheiros, projetistas e desenhistas industriais, entre outros) para as fábricas da Stellantis em vários países, incluindo a unidade em Betim, o PTC Group quer diversificar sua atuação no Brasil e vai buscar colocar os seus profissionais em outros segmentos, como mineração, energia, aeronáutico e ferroviário. A PTC tem know how em engenharia, tecnologia da informação, estilo e design, recrutamento, indústira 4.0, formação e consultoria. “O setor automotivo vive altos e baixos e a ideia é vender para outros setores”, afirma o CEO do PTC Group, Tiago Monteiro. Fundador da empresa, que está se transferindo de Portugal para Contagem, em Minas Gerais, onde está a sede do grupo no Brasil. Hoje com 1.200 profissionais espalhados pelas unidades no mundo, sendo 700 apenas no Brasil. O faturamento este ano deve chegar a R$ 200 milhões, com crescimento de 25% sobre 2023.


Recorde

Mesmo com a seca e os incêndios florestais castigando o país, o agronegócio mineiro segue quebrando recordes. De janeiro a agosto deste ano o setor exportou 12,4 milhões de toneladas, com uma receita de US$ 11,1 bilhões, o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1997. Nos oito primeiros meses do ano, as exportações mineiras do agronegócio tiveram crescimento de 15% em receita e de 14% no volume embarcado para outros países. Neste ano, até agosto, o agronegócio respondeu por 39,6% de toda a exportação de Minas. As vendas externas de café, com crescimento de 33% em valor e 28,4% no volume foram o destaque, totalizando US$ 4,5 bilhões.


Garantindo vagas

O médico radiologista Pedro Miranda fez uma conta simples para entrar num filão de negócio na área de saúde. Com as universidades de medicina formando 224 mil estudantes de Medicina no Brasil para cerca de 20 mil vagas de ingresso de Residência Médica (RM), há um gargalo que levou Pedro a criar a IPM Educação, para preparar jovens médicos para conseguir uma residência médica e completar a formação. Com mais de 4 mil mentorados – sendo que 3,1 mil se candidataram a uma vaga e 2,2 mil foram aprovados, a IPM está fechando o período 2023/2024 com faturamento de R$ 63 milhões. A empresa quer ampliar sua presença em Minas Gerais, que responde por 19% do total de mentorados e do faturamento. A IPM vai abrir uma unidade em Uberlândia no ano que vem e há previsão também de uma unidade em Belo Horizonte, em 2026.


Com apetite

Com a estratégia de aumentar a demanda no momento de baixa no consumo, a Restaurant Week deve ampliar em 61% o faturamento dos restaurantes participantes e a gerar um aumento médio de público de 80%, segundo informa Fernando Reis, idealizador da semana que chega a sua 26ª edição com cerca de 65 restaurantes participando em Belo Horizonte. Os restaurantes oferecem um menu fixo com três tipos de categoria: Tradicional (R$ 54,90 no almoço e R$ 69,90 no jantar), plus (R$ 68,90 e R$ 89,90) e premium (R$ 89,90 e R$ 109). “Nós permitimos democratizar a gastronomia, com preços promocionais e há ainda o lado social, com os clientes podendo doar R$ 2 para o Hospital da Baleia”, afirma Fernando Reis. Ele acrescenta que o público “pode redescobrir sabores familiares sob uma nova perspectiva” com os menus preparados especificamente para a semana.

 


R$ 1 bilhão

é o valor do investimento feito no Programa de Eficiência Energética da Cemig em 25 anos de existência, com ações promovidas nos 774 municípios mineiros da área de concessão da companhia.


“A maior parte da nossa produção de energia elétrica vem das hidrelétricas, usinas solares e uma parte do etanol. Aproximadamente 80% dos carros no Brasil são aptos a utilizar o etanol como combustível, e Minas Gerais é o segundo estado com a maior produção de etanol do país”

Flávio Roscoe
Presidente da Fiemg, na Climate Week, em Nova York

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