As vendas do comércio varejista desaceleraram no segundo mês do terceiro trimestre, registrando queda de 0,3% na variação de julho para agosto. No mês anterior o setor teve alta de 0,6%, marcando um início de trimestre aquecido. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram uma estabilidade nos meses de julho e agosto, com o desempenho de um mês compensado o do outro, o que é positivo para se avaliar a atividade econômica como um todo. A indústria ficou estável, mas com variação positiva de 0,1% em agosto.Os dados do setor de serviços serão divulgados hoje e a expectativa é de desaquecimento em relação à alta de 1,2% em julho, mas provavelmente ainda positivo.

 

Um indicativo é o próprio desempenho do comércio. Se houve queda em agosto com relação a julho, o varejo teve alta de 5,1% em relação a agosto de 2023, sendo esse o percentual de crescimento do setor de janeiro a agosto deste ano sobre igual período do ano passado. Em 12 meses as vendas do comércio tem crescimento de 4%, sendo o 23º mês seguido que o indicador é positivo na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). “O comportamento do comércio em 2024 ainda é positivo. Apenas em junho tivemos resultado efetivamente negativo (-0,9%). O aspecto negativo do resultado de agosto é o fato de quatro das oito atividades pesquisadas terem registrado queda significativa, três ficarem estáveis e só uma ter apresentado alta”, diz o gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos.

 




A leitura é de que embora tenha ocorrido uma desaceleração, o ritmo da atividade econômica ainda é positivo. “Apesar da decepção no conceito ampliado no mês, iniciamos o segundo semestre com um dinamismo superior ao esperado. O mercado de trabalho aquecido, o aumento salarial, a expansão do crédito ao consumidor e a inflação ainda relativamente controlada continuarão a sustentar o consumo das famílias”, avalia o economista do PicPay, Igor Cadilhac. “Esses resultados evidenciam uma desaceleração pontual, mas o desempenho permanece bem positivo na comparação anual. O setor de comércio segue próximo de seus níveis recordes”, acrescenta o economista.

 

O desempenho das vendas do comércio, mesmo no negativo, surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que esperavam uma retração de 0,5%. “Os dados surpreendem positivamente, por mais que seja uma queda no mês, é uma queda bem menor de 0,3% contra 0,5% esperado. E na comparação anual veio 5,1% e o mercado estava esperando desacelerar para 3,6%”, afirmou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, para o site BMC News.

 

 

Ao divulgar ontem a elevação da previsão do PIB deste ano de 2,4% para 3,4% da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o superintendente de Economia da entidade, Mário Sérgio Telles, afirmou que “o crédito é um fator muito importante de crescimento este ano”. Infelizmente, teve início um novo ciclo de aumento da Selic, mas como esse aumento começou recentemente, não deve ser sentido totalmente em 2024”. Os indicativos são de que atividade econômica, mesmo em processo de desaceleração, vai permitir um crescimento de 3% ou mais neste ano.

 

 

União 

R$ 31,7 bilhões é o que o mercado de casamentos deve movimentar no Brasil no ano que vem, segundo levantamento da plataforma casar.com

 

Tecnologia

 

Taxação de milionários pode render R$ 44,8 bilhões ao ano ao governo

 

Especialistas do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) apresentaram no Futurecom, nesta semana, em São Paulo, as principais tendências tecnológicas para 2025, passando por inteligência artificial, digital twin, robótica e internet das coisas. As tendências foram debatidas em um talk show na Futurecom. Com 420 mil membros em mais de 160 países, o IEEE é a maior organização profissional dedicada ao avanço da tecnologia.

 

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Com a aceleração das vendas de veículos eletrificados, a infraestrutura de abastecimento também está avançando e os eletropostos superaram a marca de 10 mil no país em agosto. Em setembro, foram vendidos 13.265 leves eletrificados. “O aumento das vendas de veículos eletrificados está puxando um amplo ecossistema de empresas associadas à eletromobilidade nas principais regiões do país”, diz o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

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