
Pioneirismo na pesquisa de tecnologia da indústria 4.0
O Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) se tornou pioneiro na América do Sul receber o primeiro equipamento de "Manufatura Aditiva por Deposição a Arco"
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Com investimento de pouco mais de R$ 2 milhões e a previsão de novo aporte de R$ 900 mil até o fim deste ano, o Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do Sistema Fiemg, em Belo Horizonte, se tornou pioneiro na América do Sul ao receber o primeiro equipamento de “Manufatura Aditiva por Deposição a Arco” (MADA) que efetua a impressão 3D metálica por arco elétrico.
Fornecido pela holandesa MX3D, a máquina permite a confecção de peças metálicas de até 750 quilos com até 2 metros de comprimento, operando a uma taxa de deposição de material de 10 quilos por hora, de forma computadorizada. “É uma tecnologia 4.0”, afirma Humberto Monteiro, pesquisador líder do projeto Centro de Desenvolvimento de Tecnologia de Manufatura Aditiva por Deposição a Arco (CDT MADA), que conta com apoios de empresas como a Belgo Arames, Delp Engenharia e MRS Logistica.
“A ambição, no desenvolvimento dessa nova tecnologia, é construir uma alternativa na engenharia na área de fabricação”, afirma Humberto, que lidera uma equipe de cerca de 10 pessoas envolvida na pesquisa. A vantagem do equipamento, segundo o pesquisador, é superar deficiências das técnicas tradicionais, produzindo peças com geometrias mais complexas e intrincadas com redução de tempo.
Monteiro diz que o programa vai contar com três equipamentos de manufatura aditiva: um que já estava no CIT e foi modernizado, o da MX3D, que entrou em operação agora e um terceiro que vai iniciar no fim deste ano e oferece a vantagem de fazer a impressão 3D metálica operando sobre um trilho, o que permitirá a fabricação de peças de maior comprimento. “Ela (a impressora 3D) está posicionada sobre um trilho e com isso ela tem um grau de liberdade adicional”, explica Humberto Monteiro.
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Exposição
Com a proposta de conectar negócios, estimular parcerias comerciais e fomentar o desenvolvimento das indústrias associadas aos sindicatos mineiros, a Expo Indústria vai ser realizada nos dias 12 a 14 de abril, no BH Shopping, em Belo Horizonte. O evento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) deve atrair mais de 5 mil visitantes nos três dias. Segundo a Fiemg, os expositores vão apresentar seus produtos, serviços e soluções inovadoras em diferentes segmentos, desde matérias-primas até tecnologias avançadas para o setor industrial. O objetivo principal da Expo Indústria é fortalecer o ambiente de negócios das indústrias associadas aos sindicatos e promover uma plataforma estratégica para networking e troca de experiências entre empresários, gestores e representantes de diversos setores industriais, se consolidando como um dos principais encontros industriais do calendário mineiro.
Com energia
A Cemig fechou o ano passado com investimentos da ordem de R$ 5,7 bilhões em todas as suas áreas de atuação, com crescimento de 18,3% sobre os aportes em 2023, que somaram R$ 4,8 bilhões. Em 2025, a previsão da concessionária mineira de energia é fazer aportes de R$ 6,2 bilhões. Do planejamento de R$ 49,2 bilhões para o ciclo 2019 a 2028, a empresa já executou R$ 19,1 bilhões na sua área de concessão (774 municípios mineiros). Apenas na distribuição, que atende a quase 9,5 milhões de consumidores, foram investidos R$ 4,4 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado. “Estamos ampliando o número de subestações em Minas Gerais em 50%. São 200 novas instalações que estão permitindo maior qualidade no fornecimento de energia, a conexão de novos clientes e a chegada de novas empresas ao estado”, diz o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.
Parceria
O gigante japonês Shinagawa Group, com 150 anos de atuação e receita anual de 144,1 bilhões de ienes em 2023, vai comprar 60% das ações da mineira Reframax Engenharia, que no ano passado faturou R$ 760 milhões, e entrar no mercado brasileiro de serviços de engenharia em diversos segmentos industriais, incluindo aço, metais não ferrosos, produtos químicos, petroquímicos, mineração, papel e celulose. A Reframax atua na instalação de materiais refratários e realiza também serviços de engenharia elétrica e mecânica, engenharia civil e pintura industrial. A aliança estratégica para a empresa mineira depende da aprovação das autoridades. Segundo nota da empresa, apesar da transferência do controle acionário, “a equipe de gestão da Reframax continuará a liderar a empresa após a efetivação, com supervisão de um conselho de administração com representantes da Shinagawa e da família fundadora”. Com unidade industrial em Santa Luiza, a Reframax emprega 4,5 mil trabalhadores.
Para crescer
A Cimed, indústria farmacêutica de Minas e uma das maiores do país, que fechou o ano passado com faturamento de R$ 2,65 bilhões, o que representa um crescimento de 22%, anunciou recentemente a venda de uma participação societária para o GIC, fundo soberano de Cingapura, para fortalecer a estratégia da empresa de chegar a um faturamento de R$ 10 bilhões até 2029. “A entrada do GIC é justamente para fortalecer essa nova era da empresa, abrindo as portas da Cimed, tanto para o mercado global como do mundo para a Cimed em relação ao Brasil”, afirma o CEO da Cimed, João Adibe Marques. De acordo com ele, o valor e o percentual de participação não podem ser revelados por questões de compliance do GIC, terceiro maior fundo soberano do mundo. “É uma entrada de dinheiro. Com isso a gente não aumenta a alavancagem da companhia e acelera o processo (de crescimento). Por ser uma empresa com caixa, pode futuramente olhar novas empresas”, acrescenta João Adibe. A Cimed vai às compras este ano.
“Com a implementação da arrecadação via Pix, nossos contribuintes podem pagar os tributos devidos ao Estado com o seu celular, como a maioria do comércio faz, e já virou nossa rotina”
Luiz Claudio Gomes - Secretário de Estado de Fazenda, sobre a opção de pagamento de impostos com Pix
R$ 2,6 bilhões
Foi a receita das exportações do agronegócio de Minas Gerais no primeiro bimestre deste ano, com 18% de crescimento sobre igual período de 2024. O valor representa 43% do total das vendas externas do estado.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.