Um conhecido, ao reencontrar uma ex-namorada, descobriu que ela tinha tido um filho. Educadamente brincou, fez gracinha para a criança e logo ouviu o que mais temia. É seu filho.


Como assim? Porque você não me procurou para contar durante a gravidez? Enfim, não sei o que a fez manter a criança longe do alcance do pai, porque prefiro me ater ao que se desenrolou depois desse diálogo.




Acreditando que realmente poderia ser seu filho, o rapaz pediu para conviver com a criança e se prontificou a dividir com a mãe os gastos. Se responsabilizou em levá-la e buscá-la na creche em determinados dias, em pegá-la nos fins de semana para que pudessem conviver. Em um primeiro momento, a mãe relutou, mas acabou cedendo.


Ele demonstrou todo interesse em ser pai. Apresentou o filho para os amigos, assim como ao irmão e à cunhada que moram na mesma cidade. Parecia que ali nascia uma família ou ao menos trazia para junto da criança alguém a quem ela poderia chamar de pai, com tudo aquilo que esse nobre título possa significar.


Até que veio a dúvida. Ele será de fato o pai? A questão é que a desconfiança partiu de pessoas que acompanhavam à distância o desenrolar da históriam, e não do rapaz ou mesmo da mãe. Depois de meses exercendo o papel de pai, de fato e de afeto, ele acabou sendo convencido de que deveria ser feito um exame de DNA. Só assim todos seriam capazes de saber a verdade.


Que verdade será descoberta nessa altura dos acontecimentos? O que o resultado do exame vai modificar na relação entre filho e suposto pai? É possível deixar de amar se o resultado demonstrar incompatibilidade entre o DNA de pai e filho?

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