Não importa se perdemos todos os jogos até o final, mas precisamos perder em pé. A força dessa camisa verde e preta e tudo que conquistamos nos últimos anos precisa ser honrada. Ao menos, fizemos isso no clássico de domingo contra nosso maior rival.
O momento é difícil e estranho. É complicado tirar motivação e propósito com uma queda virtualmente certa. Mas, além do profissionalismo, é preciso jogar com a responsabilidade de quem veste nosso manto.
O Coelho está desde 2020 figurando entre os maiores do Brasil, e falo isso com tranquilidade. Afinal, os números, o ranking da CBF e nossos resultados nos últimos anos revelam isso.
Se agora voltamos para a Série B, não significa que voltamos da mesma forma que outras. Voltamos grande, como time de Série A que foi rebaixado. E não como time iô iô que sobe e cai.
É por isso que, neste final de temporada, todos os jogos devem ser levados a sério. Inclusive, podem ser excelente laboratório para definirmos quem deve ficar, quem precisamos mandar embora e o que queremos para 2024.
O Coelhão fez jogos duros, perdeu para ele mesmo e, muitas vezes, incomodou gigantes. Nessas últimas partidas, temos que seguir com o mesmo envolvimento: deixar claro para o Brasil que caímos, mas que vamos voltar.
Neste ano, no Brasileirão, a queda, que está praticamente decretada, não é definitivamente igual às outras. Agora, podemos dizer que somos um time grande que, após uma soma de incompetência e azar, abraçamos os Z4 e morremos de mãos dadas com ele.
Isso não significa que o clube vai ficar menor. Aliás, não podemos esquecer também das boas participações nos torneios de “mata”, tanto na Sula quando na Copa do Brasil. O ano não foi ruim, e não estamos nem de longe podendo ser chamados de pequenos.
O América já mostrou que é gigante, e deve seguir sendo, mesmo sabendo da queda. Perdemos para nós mesmos, e agora precisamos tomar a responsabilidade disso. E a primeira atitude é seguir comendo grama e jogando bola. Essa camisa é muito pesada.