Nas primeiras vezes que jogou, me lembro que tinha a desconfiança por boa parte da torcida, por questões técnicas que, com o tempo, foram não só resolvidas, mas lapidadas, se tornando um jogador onipresente em campo, um verdadeiro craque, com atuações e golaços memoráveis.


Falo de Adilson dos Anjos Oliveira, nascido em 23 de outubro de 1987 em Goiânia. Os números e a história recente provam que ele, mais conhecido como Juninho, é o maior jogador da história do América. Sim, é o que penso. E há motivos para isso, mesmo que você discorde.


Depois de ultrapassar o goleirão Milagres, que tem 372 jogos com a camisa do Coelho, Juninho se tornou o jogador que mais vestiu a camisa do deca desde sua fundação. Isso, em si, já é gigante.


Mas não é só isso. Fora este dado, é também notório que o capitão e volante, que tem classe, marcação e saída de jogo, foi a principal peça que personificou a melhor fase histórica do América, com conquistas diversas e um novo patamar de grandeza nos últimos anos.
O Coelhão chegou à semifinal de Copa do Brasil, ficou em 8º no Brasileirão, participou e classificou para o mata-mata da Libertadores, competição que nunca havia disputado, e jogou a Série A por três anos diretos.
Fora isso, boas participações novamente na Copa do Brasil, com duas quartas de final, e a disputa inédita na Sul-Americana, também chegando às quartas.


Por mais que a formação da equipe tenha mudado nos últimos anos, ele sempre esteve lá, simbolizando o espírito do América: sendo grande apesar das adversidades. Superando limitações técnicas com muita transpiração e trabalho, e se tornando um dos mais respeitados jogadores do Brasil.


Não somente pelo futebol, mas pela coerência, honra pela camisa e por tudo que significa em campo. Juninho merece uma estátua e é, para a geração atual, a personificação de tudo que o Coelho se tornou.
Desde 2016 no Coelho, o “capitão América” realiza uma média de mais de 50 jogos nas últimas quatro temporadas. Espero que possa ser parte, mais uma vez, de uma nova volta por cima. Ainda veremos nosso capitão levantar uma taça importante. E, mesmo que não, ele já merece uma estátua no Independência.

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