Na semana da Consciência Negra, precisamos falar de como o América foi à frente do seu tempo em vários aspectos.

Além da valorização ao futebol feminino em uma época de preconceito e machismo extremo, o Coelho também foi vanguardista na sua própria fundação, em 1912, pouquíssimo tempo depois da abolição da escravatura e com resquícios ainda muito vivos do papel de coadjuvante e inferioridade imposto aos negros.

O clube foi o primeiro no país que teve como fundador uma pessoa de origem afrodescentente no Brasil, o que significa que o América foi o primeiro clube de administração multirracial no país.

O nome dele era Geraldino de Carvalho, que atuou durante todas as dez conquistas do decacampeonato americano, como jogador do primeiro e segundo quadro, além de ter integrado a primeira equipe da história do clube, ainda em 1912.

Em outra referência de resistência, além do direito à igualdade racial e de gênero, o Coelho também foi pioneiro em protestar contra o profissionalismo do futebol.

Embora pareça romântico hoje em dia, a verdade é que, com a entrada do dinheiro e das empresas, os clubes e a torcida, que tinham uma relação pura de amor e pertencimento, se sentiram traídos.

Foi por isso que Coelho protestou e mudou seu uniforme para vermelho nas décadas de 1930 e 1940, como protesto pela maneira turbulenta com a qual o futebol mineiro foi profissionalizado.

Atualmente, é impossível deixar de citar que nosso maior ídolo, Juninho, incorpora esse espírito negro guerreiro, cuja ancestralidade é colocada no coração e na alma a serviço do esporte bem praticado e honroso.

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Concebido em 1971, foi formalizado nacionalmente em 2003, como uma efeméride no calendário escolar, até ser instituído como data comemorativa em 2011.

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