Uma “brincadeira” que começou em 2020 com o envio de uma crônica despretensiosa sobre o América para o, à época, site do Superesportes. Muitos torcedores entraram em contato, a repercussão foi boa e, pouco tempo depois, recebi o convite para assinar a coluna do Coelho no Estado de Minas, mais tradicional jornal mineiro.
Foi uma honra para mim e um sonho realizado em vida para o meu pai Mário Marcus Machado, grande americano, quem me fez torcer para o Deca e que, até hoje, faz questão de pegar nas bancas todas as edições, guardadas com carinho em casa.
Pelas minhas contas, foram mais de 120 publicações, todas veiculadas no impresso e digital, uma marca que certamente não esperava atingir. Estou carimbado no Google para sempre com meu nome vinculado ao América, e que bom!
Quando criança, ao ler o extinto Diário da Tarde e as colunas do saudoso Miguel Santiago (grande referência), parecia que aquilo era algo de outro planeta. Mal sabia, eu, que seria jornalista e, muito menos, que teria a responsabilidade de representar a apaixonada torcida americana com tanta liberdade editorial.
Muito se passou desde abril de 2021, quando comecei oficialmente, e o mais marcante foi acompanhar os feitos históricos do América enquanto escrevia aqui: excelentes participações na Copa do Brasil, chegando à semifinal e três disputas de Série A (sendo um 8º lugar) seguidas. Vivemos também nossa primeira vez na Libertadores, com direito a jogos emocionantes e à frase de grupos, e estreamos na Sul-Americana, na qual fomos até as quartas de final.
O Coelho, mesmo com esse rebaixamento (parte do ciclo normal do futebol), selou seu nome como grande do futebol brasileiro nos últimos anos, e nada mais tira isso de nós. Tive a sorte de registrar todos estes passos e contar com a audiência e o apoio irrestrito do torcedor tanto aqui quanto nas redes sociais, onde sempre fui tratado com respeito, até mesmo pelas torcidas adversárias.
Mas, assim como o futebol, a vida profissional também tem ciclos e prazo de validade e, agora, chegou o meu neste fórum. Novas perspectivas com o Mestrado, que termino agora, e o foco total na minha empresa de comunicação me obrigaram a um novo planejamento para 2024, voltado também para ter mais tempo para minha linda filha Sofia, de seis meses. Por enquanto, o futebol ficará um pouco de lado. Mas se sabe lá até quando, certo?
Agradeço a você, torcedores e leitores em geral, por terem estado comigo este tempo todo, à direção do Estado de Minas, aos editores que me apoiaram e, principalmente, ao América Futebol Clube por ter me proporcionado tudo isso, simplesmente por existir.
Tem uma frase antiga que todo americano sabe: “o América é grato àqueles que engrandecem seu pavilhão”. Hoje, eu vou mudar ela: eu sou grato a você, América, por dar grandeza à minha vida. Um até logo e saudações americanas, sempre. Qualquer dia desses, nos vemos no Horto comendo um tropeiro e tomando uma cerveja na Rua Pitangui. Nossas cores são lindas demais.