O crescimento das empresas ocorre principalmente em função das pessoas, não por causa dos seus recursos. Estes pouco valerão se não forem adequadamente gerenciados e utilizados como uma parte das estratégias e táticas de marketing.

Diversas organizações estão cometendo um pecado terrível quando pensam que agora estão mais seguras em relação ao seu trabalho de marketing. Não é admissível jogar todo o peso das atuações de mercado nos recursos digitais. Eles são imprescindíveis, mas, ainda não têm o poder de dispensar os gestores da sua função de desenvolver o pensamento e direcionamento estratégico das organizações.

Muitos empreendedores estão se sentindo frustrados depois de certo tempo de funcionamento do seu negócio. Alguns até pensam em descontinuar. Isto ocorre porque, ao abrirem a sua empresa, eles tendem a enxergar um mercado que realmente não existe. Eles fazem o investimento inicial, têm a ideia de um bom produto ou serviço, mas, deixam, às vezes, de perceber, ou se prepararem para combates diretos e indiretos que terão de enfrentar dentro do segmento em que buscam atuar.



É impressionante como diversas empresas dão mais atenção, e gastam o seu tempo, na busca de recursos para o seu negócio, do que na elaboração de estratégias, táticas e operações de marketing. Elas não levam em consideração que precisarão passar por um processo de aprendizagem planejada, antes de conseguirem o seu market share.

Não permanecerão no mercado, empresas que não estejam preparadas para um trabalho intenso, consistente e constante. Estar em um negócio, manter-se nele, e crescer exige preparação, flexibilidade para fazer alterações no caminho inicialmente definido.

A proposta de qualquer negócio deve ser diferenciada dentro do seu segmento. É preciso criar um posicionamento, uma postura empresarial marcante, capaz de ser percebida e acolhida pelos clientes.

De nada adianta uma empresa ser diferenciada num primeiro momento chamar a atenção do seu público, e em pouco tempo perder o seu posicionamento, a sua vantagem competitiva, e passar a ser vista pelos clientes como qualquer outra.

Eu não aprovo as empresas em que a diretoria, ou os proprietários, trabalhem por lampejos, ou êxtases de criatividade. Já vi muitos casos em que alguns gestores acordam de manhã, ou fazem um curso rápido, e acreditam ter uma ideia fantástica. Querem a todo custo colocá-la em prática, e assim, envolvem toda a empresa. Um tempo depois, perdem o entusiasmo, deixam de dar a devida atenção, até que a ideia seja extinta.

O que acontece é que se desperdiça recurso, desgasta o pessoal e até coloca em risco a marca da empresa. Coisa semelhante acontece quando há a intenção de implementar uma nova metodologia de gestão, ou atuação, sem o devido conhecimento.

Em marketing a criatividade é questão sine qua non, mas ela somente terá sentido se estiver fundamentada em estratégias de mercado e em táticas muito bem discutidas. Isto fortalece o retorno positivo dos investimentos.

É necessário que as organizações definam e mirem os seus objetivos e suas metas. Elas precisam embasar as suas decisões e estar continuamente em fase com o mercado para conhecerem tudo sobre os seus clientes, acompanhando as suas necessidades e desejos. Isso exige um trabalho pesado, e deve envolver a todos. A administração da empresa precisa ser a mais motivada, aquela que vai à frente de todas as batalhas e mostra efetivamente como se deve fazer para atingir os objetivos.

Saber claramente em que lugar a empresa quer chegar deve ser uma prioridade. De nada adianta estar muito bem hoje, mas, não saber para onde as coisas vão. É como um belo barco, feito do melhor material, a mais moderna tecnologia, mas, que navega sem saber para qual direção.

É preciso definir um caminho. Saber quando e onde se quer chegar, mesmo que se tenha que mudar a rota, quantas vezes for necessário.

É como dizia Sêneca: “Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”.

 

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