Organizações de todos os setores buscam incessantemente formas de se destacar e atrair a fidelidade dos clientes. Nesse cenário, a chamada centralidade no cliente, ou como dizem alguns CEO’s, Customer Centricity, surge como uma estratégia diferenciada e poderosa.

Sempre me perguntam o que realmente é colocar o cliente no centro da decisões empresariais. Gosto de lembrar a todos que essa abordagem pode ser a chave para o sucesso sustentável. O Customer Centricity vai além de simplesmente oferecer um bom atendimento. Trata-se de entender profundamente os desejos, necessidades e comportamentos dos clientes, utilizando insights para guiar todas as decisões de cunho estratégico.

Empresas que adotam essa mentalidade conseguem não apenas satisfazer seus clientes, mas, como diz Philip Kotler, buscam encantá-los e transformá-los em verdadeiros defensores da marca.

É preciso explorar os benefícios de uma estratégia centrada no cliente, que são os principais componentes para a sua implementação eficaz. diversas empresas têm utilizado essa abordagem para se destacar no mercado.

 



 

As pessoas que se sentem valorizadas e bem atendidas tendem a ser mais leais e isto ajuda na redução dos custos com a aquisição de novos públicos, e também aumenta o tempo de vida dos clientes atuais.

As experiências positivas geram clientes satisfeitos, que compram mais e indicam a empresa para outros, impulsionando as vendas e receitas. Em um mercado saturado, a centralidade nos clientes cria um diferencial decisivo.

Quando a empresa busca o feedback constante dos clientes, esse fator contribui para o melhor desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, mais alinhados com as necessidades do mercado. Esse processo além disso, melhora a reputação da empresa.

 

É questão sine qua non que o Customer Centricity faça parte, seja promovido e mantido pela liderança, e esteja incorporado em todos os níveis da organização. Deve-se treinar e capacitar todos os funcionários para que entendam e valorizem claramente a perspectiva do cliente.

Dentro desse processo estratégico todos os pontos de contato com o cliente devem ser aplicados para garantir um experiência coesa e positiva em todo o processo de relacionamento. Tudo deve ser feito para efetivamente encantar o cliente. Diversas organizações falham nesse processo e buscam todo o tipo de justificativa.

Para uma organização dizer que pratica efetivamente o Customer Centricity é determinante que elas pratiquem alguns passos:


- Personalização: oferecer produtos e serviços adaptados às necessidades específicas dos clientes;
- Proatividade: antecipar as necessidades dos clientes e oferecer soluções antes mesmos que eles percebam;
- Resolução eficaz de problemas: ter processos claros e eficientes para resolver problemas rapidamente e de maneira satisfatória;
- Inovação contínua: utilização de feedback e dados para de forma contínua inovar e melhorar os seus produtos e serviços.

Algumas empresas são bons exemplos da prática de Customer Centricity. A Amazon é conhecida por sua obsessão pelo cliente. Ela oferece uma experiência de compra personalizada e eficiente. A empresa utiliza dados para recomendar produtos e garantir entregas rápidas, sempre buscando exceder as expectativas dos clientes.

 

Organizações não tão conhecidas no Brasil, tal qual a Chewy, do setor de Pet shop online, é famosa por seu atendimento excepcional ao cliente, enviando cartões de aniversário para animais de estimação de clientes, flores de condolências quando um pet falece, e oferece um suporte 24/7. A empresa se concentra em criar uma experiência emocional e pessoal, indo além das expectativas.

Os esforços da Chewy resultaram em uma base de clientes altamente fiel e engajada, com muitos clientes se tornando defensores da marca nas mais diversas mídias.

Outro exemplo é a empresa Warby Parker, do segmento de óculos e lentes de contato. Ela oferece um modelo de negócio que permite aos clientes experimentar cinco pares de óculos em casa antes de comprar, sem custo. Eles também investem em um atendimento excepcional ao cliente, com rapidez, com um sistema de devolução sem complicações. Essa abordagem centrada nos interesses reais do cliente resultou numa forte lealdade, altas taxas de satisfação e uma presença crescente no mercado competitivo de ótica.

Eu sempre defendo que as empresas que adotam o Customer Centricity, tais como a Amazon, a Apple, a Chewy, a Warby Parker, ou a Southwest Airlines, que demonstram colocar o cliente em primeiro lugar, não são apenas modelos de boas práticas de marketing, mas demonstrações de uma necessidade estratégica para o sucesso pleno. Tudo isso exige uma transformação cultural, investimento em tecnologia e um compromisso contínuo com a excelência no relacionamento com o cliente.

Nas minhas palestras, sempre utilizo duas frases, que acho fundamentais neste processo: A primeira é: “Customer Centricity não é apenas uma maneira de fazer negócios; é um reflexo da cultura empresarial, baseada em sua estratégia de marketing.” A outra é: “No coração de qualquer estratégia de negócios eficaz está um compromisso com a Customer Centricity”.

Este tema merece uma reflexão dos CEO’s, e precisa ser repassado para toda a direção, para que estratégias análogas sejam implementadas, e tragam os benefícios já comprovados.

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