Dados recentes apontam para um aumento de 25% no fechamento de empresas em 2023, afetando principalmente as pequenas empresas. Este cenário estaria diretamente ligado ao modelo de papel social das lideranças nas organizações.
O GPTW (Great Place to Work) considera que desenvolver lideranças é uma prioridade para 90% das organizações e uma das competências mais valorizadas dessa liderança é a gestão humanizada. Mas como isso aconteceu? Como, do nada, uma empresa que deveria pensar em processos, produtos, produtividade e inovação começa a considerar que a maior importância no desenvolvimento dessa organização é uma liderança humanizada?
A Gallup, em um estudo publicado em julho de 2024, revelou que 70% do engajamento dos colaboradores está diretamente relacionado à liderança. E uma liderança mais engajada e humanizada pode reduzir o absenteísmo em 81%, aumentar a produtividade em 14% e diminuir a rotatividade em até 43%.
Esses números evidenciam que a liderança humanizada não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para o sucesso das organizações. Não é sobre todo mundo ser feliz na empresa; é sobre negócio. Toda essa conversa sobre felicidade nas organizações poderia se dar pensando em bem-estar, mas o foco nesses números é tão impactante e moderno que não pode ser debatido de forma menos profissional ou pragmática do que planilhas de resultado.
Nessa linha do papel social da liderança, seu papel produtivo passa a ser reformulado. Se dificilmente conseguimos manter ou crescer uma empresa sem uma liderança potente, forte e participativa, essas pessoas passam a ter um papel social de produzir modelos de ação.
Portanto, se sairmos desse comando verticalizado e dessa aversão ao risco, entenderemos que a liderança humanizada não é sobre ser “bonzinho”. É sobre valorizar a autonomia, oferecer ao indivíduo autonomia sobre suas próprias escolhas. Isso muda o jogo. Não significa deixar todos felizes, muito pelo contrário. As pessoas nesse contexto começam a cuidar do seu próprio desempenho.
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Na liderança humanizada, o líder não carrega nas costas todo o peso do jogo. A responsabilidade é compartilhada. A comunicação aberta e transparente traz todo mundo para o jogo.
Investir no desenvolvimento das pessoas é essencial, porque, caso contrário, e essas pessoas permaneçam, o prejuízo será do líder. Criar um ambiente seguro permite que as pessoas arrisquem, principalmente em tempos de inovações dramáticas com inteligência artificial generativa e novas relações de trabalho.
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Fica esse convite aos líderes para que repensem seus modelos de gestão e incorporem práticas que valorizem o ser humano, garantindo não apenas o sucesso da organização, mas também o bem-estar de seus colaboradores.