Recentemente, abordamos ingredientes essenciais nos mais diversos coquetéis, como gelo e água. Agora, é hora de nos debruçarmos sobre os destilados ou, como chamamos costumeiramente, os “spirits”. Esses são os elementos que verdadeiramente conferem espírito, alma a qualquer coquetel.
Para começarmos essa jornada, nada mais justo do que o nosso primeiro destaque ser a cachaça. Suas origens são envoltas em mitos e lendas, mas uma coisa é certa: ela é um produto genuinamente brasileiro e nós, mineiros, somos mestres na produção da “marvada”.
A história da cachaça remonta ao século 16, quando os primeiros engenhos surgiram no Brasil, dando início a uma relação visceral entre o povo e a aguardente de cana. E foi em Minas Gerais que essa arte foi refinada.
Sai ano, entra ano, Minas continua brilhando na produção de cachaça. O ranking da Cúpula da Cachaça, um grupo de especialistas apaixonados pelo destilado, divulga anualmente as melhores cachaças do país e a excelência mineira é sempre destaque. A competição é dividida em três categorias: cachaças brancas (não passam por madeira), armazenadas/envelhecidas e premium/extra premium. Os rigorosos critérios de avaliação garantem que apenas os melhores rótulos ocupem os primeiros lugares.
Minas Gerais se destaca tanto na produção de cachaças brancas quanto de envelhecidas. A cachaçaria Mineiriana, sob a liderança da talentosa Ana Marta Sátyro, trouxe à tona sua clássica cachaça branca e uma versão envelhecida em carvalho, ambas presentes no ranking. Outros destaques são a Colombina Cristal, a Tiê Prata e a emblemática Século XVIII, produzida pelo lendário Nando, cuja trajetória por si só já valeria uma coluna. Na categoria premium, a Guaraciaba Extra Premium brilhou, colocando Minas mais uma vez no topo da lista.
Além dos rankings nacionais, o Concurso da ExpoCachaça – agora New Spirits – é outro evento de renome que projeta nossos destilados internacionalmente. A competição é feroz, mas as cachaças mineiras saem vitoriosas, tanto pelo júri técnico quanto pelo paladar popular. Minas Gerais é, sem dúvida, um dos epicentros dessa tradição centenária, com um olhar cuidadoso que atravessa gerações e mantém vivo o segredo do alambique.
A versatilidade da cachaça é um de seus maiores trunfos. Envelhecida em madeiras como amburana, jequitibá e carvalho, cada uma ganha personalidade única, o que faz dela um ingrediente rebuscado para coquetéis, seja em bares profissionais ou no seu próprio bar em casa.
E o que seria da cachaça sem sua parceria mais famosa? É impossível falar da nossa aguardente sem mencionar a caipirinha, um clássico que carrega em si a simplicidade e a sofisticação da cultura brasileira.
Receita de caipirinha tradicional
Ingredientes
- 1 limão taiti;
- 50ml de cachaça de sua preferência (sugestão: uma cachaça branca mineira);
- 2 colheres de sopa de açúcar;
- gelo a gosto
Modo de fazer
- Corte o limão em quatro partes.
- Ao contrário do que dizem, não precisa retirar o miolo branco. Basta macerar com cuidado, sem pressionar ou rotacionar o socador excessivamente, o que pode amargar o drinque.
- Em um copo baixo, adicione o limão e o açúcar.
- Complete o copo com gelo e adicione a cachaça.
- Mexa com uma colher longa.
- Coloque um palito para que o convidado possa mexer o drinque e sirva imediatamente.
Seja na clássica caipirinha, em um quentão ou até em coquetéis mais sofisticados, a cachaça é indispensável. Em Belo Horizonte, não faltam opções para encontrar os melhores rótulos. Lojas como a Adega Gerais (@adegagerais), no Mercado Central, e a Cachaçaria Lamparina (@lamparina.cachacaria), no Mercado Novo, são destinos certeiros para quem deseja explorar esse universo. Aproveite!
Para mais informações sobre os rankings e as melhores cachaças, siga @cupuladacachacaoficial e @expocachaca.