O filósofo grego Aristóteles via a felicidade como o fim último da existência humana, uma atividade da alma em conformidade com a virtude. Na modernidade, com a desaceleração dos momentos que nos forçam a refletir, questionamos: onde encontramos nossa Eudaimonia, nosso estado de felicidade genuína? A Ticket Sports, juntamente com a Netshoes, propôs uma investigação contemporânea sobre essa questão, explorando os domínios do esporte, e os resultados fornecem um vislumbre sobre a busca humana por momentos de felicidade.

Numa sociedade frequentemente voltada para o material e o instantâneo, o estudo sugere uma narrativa diversa: a felicidade reside na conquista e no desafio, no ritmo e no repouso – elementos fundamentais da prática esportiva. Das corridas de meio fundo às ultramaratonas, o esporte revela-se como um espaço surpreendente de encontro com o contentamento. Não é apenas no pódio, mas no próprio processo – no suor, no esforço, na persistência – que a felicidade é forjada.

A pesquisa revela que, embora seja uma minoria que se dedica às extenuantes ultramaratonas, aqueles que a enfrentam reportam uma felicidade significativa com sua saúde, talvez porque esses eventos testem não apenas a resistência física, mas também a força e a tenacidade da vontade. E na simplicidade da caminhada, apesar de um sentimento de felicidade aparentemente menor, como demonstrou a pesquisa, há um eco da contemplação aristotélica, uma busca pela serenidade na constância do movimento.

Antes de eventos esportivos, segundo os dados coletados, mais da metade dos participantes sente uma antecipação alegre, um prelúdio da superação pessoal que está por vir. O esporte, assim, torna-se um catalisador para experiências memoráveis, intensas e, às vezes, espirituais, renovando a fé que temos em nós mesmos. Este encontro com a emoção, mesmo que tingido pela tensão, é um espaço onde a felicidade, fugidia por natureza, pode ser sinceramente experimentada.

Quase quatro quintos dos participantes da pesquisa relataram sentir-se felizes com frequência. O ato de se mover, de respirar profundamente após um esforço árduo, pode muito bem ser um ato de felicidade, um lembrete da vivacidade e da capacidade do nosso próprio corpo. E, nesse ato de se mover, em harmonia com a mente, talvez encontremos um fragmento da antiga ideia de felicidade como uma expressão da virtude.

O esporte, apresentado como guardião diligente do nosso bem-estar, desafia os limites de nossas capacidades físicas e mentais. Ele nos ensina que na transpiração do esforço, no pulso firme do coração e na exaltação do movimento, encontramos mais do que saúde ou prazer – encontramos nossa humanidade compartilhada e uma conexão com algo maior que transcende o eu individual.

Ao concluirmos essa reflexão inspirada pelos dados da pesquisa, somos levados a um final que não é um fim, mas um convite à ação: que possamos reconhecer nas gotas de suor e na respiração ofegante de nossos exercícios uma reverência à vida em sua forma mais pura. Pois é na incessante busca por movimento, pelo crescimento e pela superação que a felicidade se revela em todo seu esplendor dinâmico. O esporte, desse ponto de vista, não é apenas mais um componente da vida, ele é o espelho onde a essência da vida – a felicidade – se reflete em toda a sua intensidade. 

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