John Lennon, Ringo Starr, Paul McCartney e George Harrison no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, onde foram recebidos por uma grande multidão em fevereiro de 1964      -  (crédito:  AFP)

John Lennon, Ringo Starr, Paul McCartney e George Harrison no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, onde foram recebidos por uma grande multidão em fevereiro de 1964

crédito: AFP

“Now and then” é provavelmente a última música dos Beatles, conforme Paul McCartney tem dito, desde que anunciou uma música inédita do grupo.

Composta por John Lennon no final da década de 1970 e início dos anos 1980, e gravada de forma caseira em fita demo, a canção foi mixada por Paul, Ringo Starr e George Harrison em 1995, mas só foi lançada agora, na manhã desta quinta-feira (2/11), nas plataformas digitais.

Conforme mostrou o documentário de Oliver Murray, homônimo à nova canção, quando "Now and then" chegou às mãos de Paul, em 1994, existiam certas dificuldades para aproveitar o áudio original. "Na fita demo de John, o piano era um pouco difícil de ouvir", lembrou Paul no filme. "E naquela época, é claro, não tínhamos a tecnologia para fazer a separação (dos sons do piano e da voz de John)”.

 

Mesmo assim, Ringo, Paul e George se debruçaram sobre a música e gravaram, respectivamente, as linhas de bateria, baixo e violão. Mas acabaram engavetando o projeto.

Foi só com o lançamento de "The Beatles: Get back" (2021), filme no qual Peter Jackson lançou mão da inteligência artificial para capturar o som do áudio em mono dos Beatles, que Paul decidiu voltar em "Now and then". Com a tecnologia usada no filme, poderia recriar a voz de John.

E assim foi feito. Com a voz de John recriada, Paul aproveitou a gravação da guitarra que George fez em 1995 e criou uma nova linha de baixo para a música. Convidou Ringo para gravar novamente a bateria e ainda adicionou uma orquestra.

“É, provavelmente, a última música dos Beatles. E todos nós tocamos nela. Então, é uma gravação genuína dos Beatles”, disse Paul no documentário de Murray.