Grupo de Percussão da Filarmônica de Minas Gerais é composto por Rafael Alberto, Daniel Lemos, Sérgio Aluotto e Hilvic González -  (crédito: Vinicius Correia )

Grupo de Percussão da Filarmônica de Minas Gerais é composto por Rafael Alberto, Daniel Lemos, Sérgio Aluotto e Hilvic González

crédito: Vinicius Correia

O Grupo de Percussão da Filarmônica de Minas Gerais é uma das formações de música de câmara da Orquestra Filarmônica. Foi criado em 2008, ao lado de outros grupos, como os de metais, de sopro e de cordas, com o objetivo de ampliar a programação da Filarmônica, para que mais pessoas possam ter contato com os concertos.

Nesta quinta-feira (16/11), o grupo de percussão realiza duas apresentações no Memorial Vale, uma às 19h e outra às 20h30. Os concertos fazem parte do projeto “Filarmônica no memorial – música de câmara” e as sessões serão realizadas no auditório do museu. A série terá encerramento no próximo dia 7 de dezembro, com uma reunião entre os grupos de Câmara da Academia Filarmônica.

O quarteto teve apenas uma alteração desde a sua formação, quando Werner Silveira deixou o grupo, em 2021, e foi substituído pelo percussionista venezuelano Hilvic González. Os outros membros do grupo são os brasileiros Rafael Alberto, Daniel Lemos e Sérgio Aluotto.

Para o concerto, foram escolhidas obras que irão proporcionar ao público uma imersão no universo dos sons. “A percussão tem essa capacidade de explorar muitos timbres e isso faz com que quem assiste seja estimulado de formas muito diferentes”, afirma o percussionista Rafael Alberto.

O músico completa: “Para além disso, também tem o encantamento próprio dos instrumentos de percussão. Eles são visualmente muito bonitos, quando você entra na sala de concerto, isso já comunica muito. A partir do momento em que eles são percutidos, as pessoas vão poder se colocar nesse universo e aproveitar um concerto tão divertido quanto bonito”.

O repertório completo da noite foi apresentado uma única vez pelo grupo, em abril deste ano, na sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. A maioria das peças já fazem parte da seleção de músicas do quarteto, com exceção de “Trio per uno: meccanico”, do sérvio Nebojsa Jovan Zivkovic, inédita em Belo Horizonte.

O programa começa com “Music for pieces of wood”, de Steve Reich, um clássico dos grupos de câmara percussivos. “É uma peça longa com poucos elementos. O nosso objetivo com ela é tirar as pessoas daquele universo do dia a dia, das suas atividades diárias e colocá-las dentro de uma sala de concerto. É quase uma peça meditativa”, diz Rafael Alberto.

Em seguida, o quarteto toca a inédita “Trio per uno” com três percussionistas tocando o mesmo bumbo. Outra composição que irá reunir os músicos é “Apple blossom”, de Peter Garland, quando tocarão a marimba a oito mãos.

As duas últimas obras são “Fandangueiro”, de Leonardo Gorosito, que mistura o fandango do Sul com o maracatu do Nordeste, e “Mitos brasileiros”, de Ney Rosauro, esta tida como a peça principal do concerto.

Escrita por um dos compositores de percussão brasileira de maior projeção mundial, a composição fala sobre cinco mitos da cultura popular brasileira por meio dos sons, unindo instrumentos conhecidos a objetos do cotidiano, como latas e garrafas.

A retirada de ingressos para a apresentação ocorrerá uma hora antes de seu início. Será disponibilizado um ingresso por pessoa. A capacidade do espaço é limitada a 82 lugares.

Filarmônica no memorial – música de câmara com Grupo de Percussão da Filarmônica de Minas Gerais


Nesta quinta-feira (16/11), às 19h e às 20h30, no Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, nº 640 - Savassi). Retirada de ingressos gratuitos no local uma hora antes do evento.