Após a morte da jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, durante o show da cantora Taylor Swift no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na noite dessa sexta-feira (17), o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou novas medidas para a sequência de shows da cantora na cidade.
Taylor ainda tem dois shows restantes no Rio de Janeiro, hoje (18) e amanhã (19). Além disso, a cantora também toca em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 24, 25 e 26.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Eduardo Paes disse ser “inaceitável” a morte de Ana Clara e anunciou novas medidas que serão tomadas a partir de hoje. “Inaceitável a perda da vida de uma jovem ontem no show no Engenhão. Obviamente, ainda estamos apurando mais detalhes das circunstâncias do ocorrido. De qualquer forma, já determinei ao Chefe Executivo de Operações do município que exija providências junto a produção do show”, disse.
Paes disse que pediu para anteciparem a entrada ao estádio em uma hora, ajudando as pessoas a sentarem em seus lugares e retirando o público do sol. Ele também anunciou que serão montados novos pontos de distribuição de água e um aumento no número de brigadistas e ambulâncias.
Benevides estava na grade e acabou desmaiando no local. Segundo o enfermeiro Thiago Fernandes, 22, amigo de Benevides, ela chegou a ser reanimada no estádio por cerca de 40 minutos. No caminho do hospital, ela teve uma segunda parada cardiorrespiratória.
Benevides chegou por volta das 20h e foi atendida, morrendo logo em seguida no hospital que fica próximo ao Engenhão, no Méier, zona norte da capital fluminense.
A sensação térmica registrada no local chegou a 60º C e os bombeiros contabilizaram, extraoficialmente, mil desmaios durante o evento. Nas redes, fãs reclamaram da proibição de entrada com garrafas d'água no estádio, considerando o calor forte.
O pai de Ana Clara, Weiny Machado, de 53 anos, que deu de presente o ingresso para o show à filha, para que ela realizasse um sonho, está desolado: 'Saiu para realizar um sonho e retorna morta'.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que é 'inaceitável que morram por falta de acesso à água'. Ele pediu uma investigação sobre a empresa responsável pelos shows da cantora no Brasil, a Time For Fun (T4F), e qualquer outra que promoveu shows durante a onda de calor e dificultou o acesso à água ao público.