Espetáculo

Espetáculo "Vertigem" foi criado durante a pandemia e depois ganhou as ruas

crédito: Walter Mesquita/divulgação

Belo Horizonte é a segunda cidade da região Sudeste a receber o projeto “Brasil sem ponto final”, espetáculo composto por dois atos, “Fio do meio” e “Vertigem”, assinados por Paulo Emílio Azevedo, diretor e antropólogo.

 

O trabalho de Paulo, que poderá ser conferido neste sábado (2/12), no Memorial Minas Gerais Vale, explora o espaço urbano, o que se reflete em processos criativos, conceituais e de gestão, com capacitação de estudantes e educadores, além da formação de intérpretes.

 

“Desde pequeno, quando visitava o Rio de Janeiro com meu pai, eu já era muito encantado com as dinâmicas da metrópole. Eu tinha muito essa fome da cidade. Isso reverbera até hoje no meu trabalho”, diz ele, citando “as linguagens performáticas do corpo na cidade, as personagens urbanas, a corporeidade urbana”.

 

 

 

 

O ato “Vertigem”, que representou o Brasil no prestigiado Festival d'Avignon, na França, conduz o espectador a um diálogo mediado pelos corpos dos intérpretes. O espetáculo busca explorar a borda, o ruído, a corda bamba e a respiração ofegante, criando uma “labirintite cênica”, segundo Azevedo.

 

Idealizado durante a pandemia, “Vertigem” nasceu do projeto Sesc em Casa. “A peça foi criada dentro da garagem de um dos intérpretes, que na época morava no Rio, mas hoje vive em BH. Dirigi “Vertigem” a distância para única apresentação em modo remoto. Para minha surpresa, foi um sucesso total de público e então resolvemos dar continuidade ao projeto”, conta.


Esbarrão inspirador

 

“Fio do meio”, que recebeu o Prêmio Funarte de Circulação em Dança, traz a Cia. Gente explorando o movimento do esbarrão como ponto de partida da narrativa. Corpos dos intérpretes se encontram e se separam, em diálogo constante e imprevisível. Explora-se a rua como espaço criativo, sua arquitetura em diálogo com as pessoas.

 

“'Fio do meio' nasceu no contexto pós-pandemia, já in loco. Eu precisava criar uma peça que invadisse mais os espaços públicos”, explica Paulo Emílio. Os dois atos são interpretados pelos artistas Pedro Brum, Zulu Gregório e Salasar Junior.

 

"BRASIL SEM PONTO FINAL"


Com Cia Gente. Neste sábado (2/12), às 11h. Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, 640, Funcionários). Entrada franca. Ingressos podem ser retirados a partir das 10h. A oficina “Corpo-Memória” será ministrada por Paulo Emílio Azevedo nesta sexta (1/12), das 10h às 12h, para participantes a partir de 18 anos. Inscrição gratuita no site do Memorial.

 

 

VEJA TAMBÉM

 

>>> Opereta

A Cia. Buia Teatro apresenta a opereta infantil “Cabelos arrepiados” nesta sexta (1/12) e segunda-feira, às 19h, e sábado e domingo (3/12), às 17h, no CCBB-BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários). Ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria. Informações: (31) 3431-9400.


>>> Peça

“Desimportâncias”, espetáculo da Insensata Cia de Teatro, estará em cartaz neste sábado e domingo (3/12), às 16h, no Teatro Marília (Avenida Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia). Ingressos custam R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada).


>>> Dança

O balé “Coppelia”, espetáculo de fim de ano dos alunos de dança do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) da Fundação Clóvis Salgado, será apresentado nesta sexta (1/12) e amanhã (2/12), às 20h, no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria e na plataforma Eventim.