Prisca Agustoni durante a mesa

Prisca Agustoni durante a mesa "Ler o mundo" na Festa Literária de Paraty, em 2017

crédito: Flip/divulgação

A poeta Prisca Agustoni e o romancista cabo-verdiano Joaquim Arena foram os vencedores da edição deste ano do prêmio Oceanos, que pela primeira vez se dividiu em duas categorias separadas para poesia e prosa.

 

Agustoni ganhou o Oceanos com "O gosto amargo dos metais", coletânea de poemas inspirados pelos desastres ambientais em Mariana e Brumadinho, publicada pela 7Letras. Suíça radicada no Brasil, ela é professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata de Minas Gerais.

Leia versos de Prisca Agustoni publicados no caderno Pensar


 

Darwin em Cabo Verde

 

Arena levou o prêmio com "Siríaco e Mister Charles", romance que ainda não foi publicado no país. Ele conta a história de um encontro ficcional entre o jovem Charles Darwin e um homem escravizado nascido no Brasil, durante uma viagem do naturalista a Cabo Verde.

 

Na categoria em que o autor concorreu, não havia brasileiros finalistas, mas ele superou autoras de peso como as portuguesas Lídia Jorge e Joana Bértholo.

 

Já entre os poetas, ainda representavam o Brasil os escritores Guilherme Gontijo Flores, Cláudia Roquette-Pinto e o mineiro Ricardo Aleixo, disputando contra o português Pedro Eiras.

 

 

O anúncio ocorreu na quinta-feira (7/12) à noite, durante cerimônia no Itaú Cultural, em São Paulo. Antes conhecido como Portugal Telecom, o prêmio Oceanos é uma das mais respeitadas distinções da literatura lusófona.

 

Desta vez, reuniu 10 críticos literários do Brasil, de Portugal e de países africanos para selecionar os vencedores de prosa e poesia. Cada vencedor receberá R$ 150 mil.