A sétima temporada da série “Expresso Futuro”, apresentada pelo mineiro Ronaldo Lemos, vai mostrar o impacto da Starlink, rede de satélites de baixa órbita criada por Elon Musk, sobre a Amazônia. Os novos episódios começam a ser exibidos nesta segunda-feira (11/12), às 21h, no Canal Futura.
Também disponíveis na plataforma Globoplay e no YouTube, os seis capítulos chamam a atenção para a influência das tecnologias de conectividade sobre os lugares mais remotos do país.
“O satélite do Elon Musk está conectando toda a região e a gente viu isso em primeira mão”, garante o apresentador. “É algo que ninguém mostrou ainda na TV. Confesso que fiquei bastante impressionado.”
Outro enfoque da série são os saberes tradicionais. “Mostro como os povos indígenas vivem em sintonia com o ambiente. Então, falo das duas coisas: das tecnologias que estão lá e também daquelas da região que podem ensinar muito a pessoas no mundo inteiro”, diz Ronaldo, que já gravou duas temporadas nos Estados Unidos, uma na China, uma na África e três no Brasil.
BAND-AID DE RESINA
A Amazônia surpreendeu o apresentador. “Primeiramente, todos agora se conectam por meio da rede Starlink. Outra coisa são as tecnologias locais. Visitei um laboratório de videogames na Universidade Estadual do Amazonas e fiquei muito impressionado. Na Universidade Federal do Amazonas (UFA), visitei um grupo de pesquisa que está criando band-aid cirúrgico com resinas locais. Conheci hubs de startups da região”, relata.
Na opiniçao de Lemos, há uma via de mão dupla na região. “A Amazônia está se conectando e usando essa conexão para levar a sua inovação para o mundo.”
Para ele, essa conectividade é positiva. Porém, pondera: “Tem problema? Tem, é claro. Há somente uma empresa, a do Musk, conectando a região, e isso pode gerar uma dependência muito grande.” Pesquisador e especialista em tecnologia e mídias, Lemos diz que o país deve estimular a conexão brasileira na região.
“Não podemos ficar dependendo somente do Musk. É preciso levar empresas brasileiras para oferecer conexão lá. Se ficarmos dependendo somente dos satélites dele, será problemático”, adverte. A série mostra caixas da Starlink embarcadas no Rio Solimões com destino a comunidades ribeirinhas e povos indígenas.
Lemos conta que a empresa de Musk oferece conexão de qualidade, inclusive em barcos. “Pega melhor, muitas vezes melhor, do que em cidades como São Paulo ou Belo Horizonte. Demora 24 horas para fazer o percurso de São Gabriel da Cachoeira até Manaus e antes isso era feito em um barco totalmente desconectado. Agora o pessoal viaja assistindo à Netflix. A pessoa também pode receber Pix, estudar, usar aquelas maquininhas de pagamento no comércio, enfim, fazer de tudo”, relata o apresentador de “Expresso Futuro”.
“EXPRESSO FUTURO”
Estreia da sétima temporada, com seis episódios. Apresentação de Ronaldo Lemos. Nesta segunda-feira (11/12), às 21h, no Canal Futura. A série está disponível no YouTube e na plataforma Globoplay.