Em “Tá escrito”, longa de Matheus Souza (diretor de “Eduardo e Mônica” e “Me sinto bem com você”), a atriz Larissa Manoela faz par romântico com o noivo, o carioca André Luiz Frambach. Aliás, os dois se conheceram no set de “Modo avião”, rodado em 2019. Ao contrário desse filme, a dupla agora interpreta um casal que não deu certo.

“É muito especial poder somar com ele nesse processo artístico. O André é um ator supertalentoso”, disse Larissa durante entrevista coletiva on-line. “Neste filme, a gente pode juntar nosso amor à arte. Foi incrível estar junto dela como noivo, namorado, amigo e parceiro de cena”, afirmou Frambach. 



 

Larissa vive Alice, jovem astrônoma convicta de que os astros têm algum “problema pessoal” com ela. Nem parece leonina, pois é introvertida e nada autoconfiante. A vida começa a desandar depois do fim do relacionamento com Breno (Frambach) e de ser reprovada na importante entrevista de emprego em um planetário.

O trabalho dos sonhos não deu certo, Alice consegue um “bico” como apresentadora de podcast sobre signos. Ao encontrar um livro mágico cujas previsões astrológicas se tornam realidade, ela passa a controlar o destino de todo mundo. Ao tentar fazer com que os astros a favoreçam, dá tudo errado e Alice aprende, do jeito mais difícil, que todas as escolhas têm consequência.

 

Na comédia romântica, a mãe de Alice, Ana Paula (Karine Teles), é uma virginiana obcecada por limpeza, enquanto o irmão, o ariano Inácio (Kevin Vechiatto), transforma tudo em motivo para briga.

A astrologia – contestada por muita gente – é defendida pela equipe. “Até o fim da vida vou consultar os astros. Vejo esse processo como complemento das ferramentas de autoconhecimento, como a análise por exemplo”, disse Karine Teles.

Especialista em Vênus

O diretor Matheus Souza admite: quando surgiu a ideia do filme, ele pouco sabia sobre horóscopos. “Tive de virar especialista no assunto, comecei a estudar e assistir a vídeos o tempo todo. Quando percebi que numa roda de conversa conseguia falar sobre ascendente, Vênus e Lua, vi que estava pronto para escrever o filme”, contou.

O cineasta destacou a mistura de gêneros em “Tá escrito”. “É comédia romântica, mas ao mesmo tempo tem ação, fantasia, cenas musicais. É um evento para o ingresso valer a pena”, afirmou Souza, que buscou referências na estética do k-pop e no humor da cineasta Greta Gerwig, de “Barbie”.

Mas, afinal, o que a equipe faria se tivesse o poder da protagonista Alice? Matheus Souza não hesitou: faria com que gente de todos os signos tenha vontade de ir ao cinema ver “Tá escrito”.

Karine Teles acabaria com todas as armas de fogo e com a violência. “Provavelmente, teria alguma consequência estranha, mas se tivesse esse poder na mão, testaria pra ver”, comentou a atriz.

Larissa Manoela daria a todo mundo “um tempo de qualidade”, que permitisse parar e respirar. “Tomar consciência da respiração pode ser transformador em muitas questões”, garantiu a atriz e praticante de yoga.

Por falar em transformações, Larissa não comentou na coletiva o escândalo que envolveu seu desentendimento público com os pais devido a questões financeiras e à gestão da carreira. Capricorniana, a atriz tem afirmado que o trabalho foi sua “salvação” e comemora a volta ao cinema após seis anos.

“TÁ ESCRITO”

Brasil, 2023. Direção de Matheus Souza. Com Larissa Manoela, André Luiz Frambach, Karine Teles, Kevin Vechiatto e Victor Lamoglia. Em cartaz nas salas de cinema dos shoppings Big, BH, Boulevard, Cidade, Contagem, Del Rey, Diamond, Estação, Minas, Monte Carmo, Norte e Via.

* Estagiária sob supervisão da editora-assitente Ângela Faria

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