Paula Abdul afirmou em um processo nesta sexta-feira, 29, que foi assediada sexualmente duas vezes por Nigel Lythgoe, produtor executivo de reality shows como American Idol e So You Think You Can Dance. 

Abdul despontou como cantora e dançarina no final dos anos 1980 e no início dos anos 2000 passou a ser jurada de reality shows de competição, como o American Idol. Foi durante as primeiras temporadas do programa que ela foi agredida em um elevador por Lythgoe. 

Ela alegou no processo que o produtor a empurrou contra a parede, apalpou seus seios e genitais e enfiou a língua em sua garganta. A artista também afirmou que tentou afastá-lo e assim que a porta se abriu, correu para o seu quarto.



 

Anos depois ela se tornou jurada do reality So You Think You Can Dance, também ao lado de Lythgoe. A cantora e dançarina afirma no processo que na época foi convidada a jantar na cada dele e aceitou pensando ser um encontro de negócios. Ele se impôs sobre ela no sofá, tentou beijá-la e disse que formariam um ótimo casal. Ela diz que se afastou e foi embora. 

O processo também alega que Abdul foi discriminada e recebeu menos do que os outros jurados homens de American Idol. Ela também afirma que presenciou Lythgoe assediando uma de suas assistentes em 2015. 

O processo também diz o motivo de Abdul permanecer calada durante todos esses anos. "Por anos, Abdul permaneceu em silêncio sobre os assédios sexuais e o assédio que ela sofreu por causa de Lythgoe, por medo de falar contra um dos produtores mais conhecidos de programas de competição televisiva, que poderia facilmente arruinar sua carreira como personalidade televisiva, e por medo de ser excluída e boicotada por uma indústria que tinha um padrão de proteger homens poderosos e silenciar sobreviventes de assédio e agressão sexual", alega. 

Durante a participação nos dois programas, Abdul assinou contratos de confidencialidade, o que a impedia de divulgar informações confidenciais ou depreciativas. 

A artista fez a ação com base na Lei de Responsabilização por Abuso Sexual e Encobrimento da Califórnia, que criou uma janela de um ano para entrar com certas ações judiciais por abuso sexual que, de alguma forma, estariam fora do prazo de prescrição. 

O processo também cita empresas que não tomaram medidas contra os atos de Lythgoe e nem o responsabilizaram.

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