O novo ano chega com novidades na cena musical mineira. Samuel Rosa, Sérgio Pererê, Chico Lobo e Paulinho Pedra Azul, entre outros, anunciam projetos importantes para as respectivas carreiras.

Encerradas as atividades do Skank, Samuel prepara o disco solo. “Estou compondo. Tem coisas que compus há mais tempo, vou aproveitar e lançar”, afirma. “2024 será, no quesito composição, música inédita, autoral, o marco zero da minha carreira solo. A pista está pavimentada para que seja um ano de lançamento de trabalho inédito, esse é o plano principal, além do nascimento da minha filha, sendo que já tenho o Juliano e a Ana”, diz ele.

O cantor e compositor conta que se surpreendeu com a quantidade de convites para apresentações solo após o fim do Skank. “Esperava lançar um trabalho novo, um disco – e aí, sim, correr o Brasil. Mas a demanda foi grande, com pedidos de festivais no Rio e São Paulo. Vou fazer o réveillon em Aracaju. Também participei do Projeto Vivo, com orquestra, em BH e Porto Alegre. Fiquei feliz, porque vi que tem demanda grande, independente de trabalho novo ou não”, afirma.

 

Sérgio Pererê lança em fevereiro álbum em homenagem a Milton Nascimento

Tomas Bodolay/divulgação

 

Neste domingo da virada, Sérgio Pererê se apresentará no Quilombo do Açude, na Serra do Cipó. “Tenho falado muito da revolução quilombola”, comenta. “Para coroar esse pensamento, termino 2023 cheio de coisas legais, lançamentos, com experiências transitando entre a música e o teatro.” 




Lia, Bituca e spirituals

No início de janeiro, o cantor e compositor mineiro vai se apresentar com Lia de Itamaracá no festival que comemora os 80 anos da artista pernambucana. “Em fevereiro, faço homenagem a Bituca com o álbum 'Canto negro para Milton Nascimento'. Em seguida, lançarei 'Canções de outono', que mostra um Sérgio Pererê mais romântico, com a participação de 14 cantoras brasileiras”, adianta. 


Outra novidade: Pererê vai trabalhar com a cantora e violonista Badi Assad e a norte-americana Alissa Sanders. “Mostraremos um pouco do diálogo entre o spiritual e os cantos de herança africana em Minas Gerais.” 

Chico Lobo está confiante neste novo ano. “Para mim, 2024 será a consolidação da volta forte da cultura. Pelas consultas que começamos a ter na minha produtora, Viola Brasil, nos anima o fato de que iremos ainda mais para a estrada. Começo o ano a toda”, avisa o cantor, compositor e violeiro. Em março, ele lança seu 29º álbum. Sai pela Kuarup, trazendo o show gravado ao vivo quando completou 60 anos.

Uma alegria é garantir a continuidade do projeto Viola Viva, na cidade mineira de São Tiago, no Campo das Vertentes. “Quinze jovens estão aprendendo viola gratuitamente, em parceria com a Sicoob Credivertentes. Isso me emociona muito”, diz.

Flávio Venturni planeja completar a trilogia “Paisagens sonoras” em 2024. “Devo lançar o vídeo do show 'Coração a dentro', que realizei no Palácio das Artes em novembro passado”, infoma. O cantor e compositor também planeja a comemoração de seus 50 anos de carreira em 2025 – o primeiro trabalho profissional dele foi o disco “Criaturas da noite”, lançado com a banda O Terço em 1975.

Em 2024, o cantor e compositor Paulinho Pedra Azul completa 70 anos. “Vou comemorar começando pela região de BH, no dia 13 de abril, no Sesc Palladium. Estou preparando 70 músicas para serem masterizadas, sou letrista de todas as faixas”, diz. Os planos incluem um álbum de inéditas e livro com 1 mil poesias escritas nos últimos cinco anos. 

Álbum duplo 

Na seara roqueira, a banda Tianastácia prepara para 2024 álbum duplo com rock, baladas e pop. “Um sonho antigo que finalmente sairá do papel”, diz o guitarrista e compositor Antonio Julio Nastácia.
Outros dois projetos do “Tia” são um acústico com a orquestra do Sesc e a segunda edição do Comunidade Rock, projeto realizado há 25 anos com bandas de BH. 

A agenda do apresentador e músico Saulo Laranjeira já começa cheia. “Em 2024, vamos gravar, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, a segunda temporada do programa 'Arrumação', veiculado pela Rede Minas. Em janeiro, gravamos mais uma temporada do projeto A Música Cantando a Nossa História, no Rio de Janeiro, com as presenças de Jane Duboc, Zezé Motta e Nilson Chaves”, informa. 

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