O sambista Marins Marques, o "Quinho do Salgueiro", morreu aos 66 anos, na noite dessa quarta-feira (3/1). Ele era considerado uma das maiores vozes do carnaval do Rio de Janeiro e interpretou grandes sambas-enredo da escola de samba. Quinho estava internado no Rio. Segundo a Salgueiro,a causa da morte foi insuficiência respiratória.
Desde 2022, o sambista lutava contra um câncer de próstata e estava afastado do carnaval. Ele foi homenageado no último desfile da escola, com um carro de som, que recebeu o nome de “Quinho do Salgueiro”.
"Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola", publicou o Salgueiro em uma rede social. A escola cancelou o ensaio desta quinta-feira.
Vários admiradores do carnaval carioca lamentaram a morte do sambista. “O brasileiro encontra sua VOZ no SAMBA. O SAMBA é a VOZ do brasileiro. Quinho foi, é e seguirá sendo a voz que toca nossa alma, como povo que acredita que a alegria pode transformar nossas vidas em dias melhores. Nossa alma carregará a memória. E Quinho seguirá imortal, para além”, comentou um perfil.
“Uma das primeiras vezes que ouvi falar no Quinho foi por causa do meu pai, que é fã. Desde então, virei fã também, ainda bem novinha. Quinho eternizou grandes sambas e momentos no carnaval. E que sorte a nossa! Vai fazer falta. Que descanse em paz”, escreveu outro.
“Sem dúvidas o Quinho é a voz de alguns dos maiores clássicos da música do povo brasileiro! Quem nunca se embriagou de felicidade embalado pela voz de Quinho, na União da Ilha? Tanto talento e valor numa voz que encontrou no samba o acolhimento e conexão de sua alma”, lamentou um internauta.
Quinho se popularizou pelos gritos "arrepia, Salgueiro, pimba, pimba", "ai, que lindo, que lindo" e "que bonitinho" durante o carnaval. Em 1993, ele deu voz ao samba-enredo “Peguei um ita no Norte”, do Salgueiro, conhecido pelo verso "Explode coração, na maior felicidade".