Gravadora de Taylor Swift decidiu encerrar acordo com TikTok -  (crédito: AFP)

Gravadora de Taylor Swift decidiu encerrar acordo com TikTok

crédito: AFP

Nada de dancinhas ao som de músicas de Anitta, Taylor Swift e Harry Styles no TikTok. Isso porque, desde o início desta quinta-feira (1º/2), o acervo desses e outros artistas que fazem parte da Universal Music não estão mais disponíveis na plataforma de vídeos curtos. A gravadora decidiu não renovar o contrato de licenciamento de conteúdo para o TikTok e o TikTok Music, que chegou ao fim ontem.

A Universal justificou a decisão em uma carta aberta, em que diz ter pressionado o TikTok em três pontos: melhor remuneração para os artistas, segurança para os usuários e proteção “contra os efeitos nocivos da inteligência artificial”. No entanto, a gravadora não teve sucesso em nenhuma das questões.

Afirmou também que o TikTok “tenta construir um negócio baseado na música sem pagar um valor justo pela música” e que a plataforma se propôs a pagar aos artistas “uma fração da taxa que as principais plataformas sociais em situação semelhante pagam”.

Por fim, a Universal diz que o aplicativo pressionou a gravadora a aceitar “um acordo de valor inferior ao anterior, muito inferior ao valor justo de mercado e que não refletia o seu crescimento exponencial”. Como forma de intimidação, o TikTok teria removido algumas músicas de artistas da gravadora em começo de carreira, mantendo no acervo do aplicativo grandes estrelas “que impulsionam o público”.

Na carta, a Universal ainda revela que apenas cerca de 1% de sua receita vem do TikTok. O baixo percentual seria uma prova de “quão pouco o TikTok compensa artistas e compositores, apesar da sua enorme e crescente base de usuários, do rápido aumento das receitas publicitárias e aumento da dependência de conteúdo baseado em música.”

Após as denúncias, o TikTok se pronunciou, afirmando que as acusações da Universal são "falsas". A plataforma ainda alegou que a gravadora tenta colocar “a sua própria ganância acima dos interesses dos seus artistas e compositores”.

“O fato é que eles optaram por se afastar do poderoso apoio de uma plataforma com bem mais de um bilhão de usuários que serve como um veículo gratuito de promoção e descoberta para seus talentos”, diz o aplicativo.