CINEMA

"Dahomey" vence o Festival de Berlim e brasileira Juliana Rojas é premiada

Documentário da franco-senegalesa Mati Diop ganha o Urso de Ouro. Filme "Campo; Cidade", com atriz mineira Fernanda Vianna, leva troféu na mostra paralela

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O documentário “Dahomey”, dirigido pela cineasta franco-senegalesa Mati Diop, levou o Urso de Ouro de melhor filme e foi o grande vencedor do 74º Festival de Berlim. Os ganhadores foram anunciados neste sábado (24/2).


O longa de Diop mistura ficção ao retratar o retorno, em novembro de 2021, dos tesouros reais saqueados do Reino Africano de Daomé de Paris para a atual República do Benin, lugar onde a cultura se desenvolveu por séculos sem tais artefatos.

A cineasta brasileira Juliana Rojas com o prêmio recebido no Festival de Berlim

A cineasta brasileira Juliana Rojas com o prêmio de direção dado a "Campo; Cidade" na mostra Encontros

Tobias Schwarz/AFP


“Dahomey” é o segundo documentário seguido a levar o principal prêmio do festival alemão. No ano passado, quem recebeu o Urso de Ouro foi “On the Adamant”, dirigido pelo cineasta francês Nicolas Philibert.


A comédia dramática “L'empire”, de Bruno Dumont, levou o prêmio do júri e “A traveler's needs”, do sul-coreano Hong Sang-soo, que retrata uma francesa na Coreia do Sul, venceu o grande prêmio do júri.
Outros vencedores foram o ator Sebastian Stan, por “A different man”, cuja estreia ainda não está prevista no Brasil, e a atriz Emily Watson por “Small things like these”.

Prêmio para o Brasil

Na “Encontros”, principal mostra paralela do festival alemão, a brasileira Juliana Rojas ganhou o prêmio de melhor diretora por “Campo; Cidade”. Estrelado pela mineira Fernanda Vianna, do Grupo Galpão, Bruna Linzmeyer e Mirella Façanha, o longa-metragem conta histórias de pessoas que migram entre cidade e campo.

PREMIADOS

URSO DE OURO

“Dahomey”, de Mati Diop

GRANDE PRÊMIO DO JÚRI

“A traveler's needs”, de Hong Sangsoo

PRÊMIO DO JÚRI

“L'empire”, de Bruno Dumont

MELHOR DIREÇÃO

“Pepe”, de Nelson Carlos de los Santos Arias

MELHOR ATUAÇÃO PRINCIPAL

Sebastian Stan por “A different man”, de Aaron Schimberg

MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE

Emily Watson por “Small things like these”, de Tim Mielants

MELHOR ROTEIRO

“Sterben (Dying)”, de Matthias Glasner

MELHOR CONTRIBUIÇÃO ARTÍSTICA

Martin Gschlacht pela cinematografia de “The devil's bath”, de Veronika Franz e Severin Fiala

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