O mineiro Gui Ventura, de 35 anos, é a novidade da novela infantil “A infância de Romeu e Julieta”, exibida no SBT/Alterosa. Desde terça-feira (6/2), o ator interpreta Daren Príncipe, jovem rico que chega da Inglaterra para cuidar dos negócios do padrinho Príncipe (Luciano Chirolli).

Guilherme – ou Gui, como prefere ser chamado – iniciou sua trajetória nas artes cênicas em BH, no elenco do musical “Madame Satã” (2015), dirigido por João das Neves e Rodrigo Jerônimo. Músico desde 2008, Ventura era um dos responsáveis pela trilha sonora do espetáculo.



“Foi o meu primeiro contato com teatro e fiquei completamente apaixonado. Aquele espaço mágico me ajudou a descobrir vários outros lugares que poderia ocupar. Apesar de ter atuado mais como músico na peça, ela foi essencial para que eu começasse a estudar. Com isso, virei o ator principal dos meus próprios videoclipes”, conta Gui.

Convites chegando

Aos poucos, o ator passou a fazer campanhas publicitárias de grandes marcas e foram surgindo convites para a televisão. “Durante a pandemia, quando eu ainda estava no processo de composição e produção do meu segundo álbum, comecei a receber convites de testes para longas e até para novelas. Vi que os convites não iam parar e decidi cair de cabeça”, revela.

Além de “A infância de Romeu e Julieta”, Gui vai participar de várias produções este ano. Fará um arquiteto em “#FalaSério”, série da TV Cultura, e um fotógrafo no curta-metragem “O caderno verde de Avenca”, dirigido por Aisha Bruno.

O ator também estará na série documental “Senna”, produção da Netflix dirigida por Vicente Amorim e Júlia Rezende, que marca os 30 anos da morte do piloto Ayrton Senna.

Gui Ventura destaca a importância de negros serem personagens de destaque em produções brasileiras. “Antigamente, a gente estava lutando por espaço para artistas negros. Agora, o momento é de questionar como a gente está ocupando esses espaços”, afirma.

“Nos meus primeiros trabalhos no audiovisual, tive a sorte muito grande de não pegar personagens estigmatizados, o bandido ou o negro escravizado. Isso é resultado de uma luta histórica muito antiga, que começa em 1940 com Abdias do Nascimento. Na teledramaturgia, passa por Ruth de Souza, Zezé Motta, Antônio Pitanga e, aqui em Minas, por Maurício Tizumba”, observa.

Ventura se define como multiartista e ressalta o lugar da música em sua carreira. Ele lançou os álbuns “Dois lados” (2017) e “Alguma coisa sobre o amor” (2020).

Pós-carnaval

O mineiro também é folião: no próximo sábado (17/2), estreia o bloco Açaí Guardiã, dedicado ao cantor e compositor Djavan, formado por ele em parceria com os músicos Bruno (da banda Graveola) e Gouvveia.

A folia será realizada na Casa das Artes Boca de Cultura, no Bairro Santa Efigênia, contando com as participações de Júlia Tizumba e Glaw Nader.

“Em Belo Horizonte, o pós-carnaval ainda é carnaval. O bloco foi planejado em 2019 e será a primeira vez que vamos colocá-lo na rua. Por ser o Djavan, a gente entende que requer esmero muito grande. Não queremos fazer só uma folia, mas folia sofisticada, à altura do que ele merece”, afirma.

“A INFÂNCIA DE ROMEU E JULIETA”
• Novela de Íris Abravanel. De segunda a sexta-feira, às 20h45, no SBT/Alterosa. Capítulos disponíveis na plataforma Prime Video.

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