O apresentador Jimmy Kimmel volta a assumir o posto de mestre de cerimônias, na noite de hoje -  (crédito: Patrick T. Fallon -12/3/2023 / AFP)

O apresentador Jimmy Kimmel volta a assumir o posto de mestre de cerimônias, na noite de hoje

crédito: Patrick T. Fallon -12/3/2023 / AFP

Como transmissão televisiva, o Oscar já teve dias melhores. O fundo do poço veio na pandemia – na edição de 2021, a audiência nos Estados Unidos foi de pouco mais de 10 milhões de pessoas, a menor de sua história. Desde então, os números têm crescido (a de 2023 foi de 18,7 milhões).


Para evitar a fuga dos telespectadores da região Leste dos EUA, que estão três horas atrás de Los Angeles, onde a festa acontece, a cerimônia deste domingo (10/3) vai começar uma hora mais cedo. No Brasil, cinco horas à frente da Califórnia, a transmissão começa às 20h – se seguir a tradição de 3h30 de festa, não vai virar a madrugada de segunda-feira, como ocorreu em edições passadas.

 

 

O apresentador Jimmy Kimmel, que deu certo na edição de 2023, volta como mestre de cerimônias da noite – será sua quarta vez nesta função. A lista de participações será, como sempre, extensa. Subirão ao palco do Dolby Theatre para apresentar categorias Steven Spielberg, Charlize Theron, Forest Whitaker, Sally Field, Jennifer Lawrence, Dwayne Johnson, Michael Keaton, Regina King, Nicolas Cage, Jamie Lee Curtis, Al Pacino, Matthew McConaughey, Brendan Fraser.

 


Mesmo diante de tanta gente, o que está gerando curiosidade mesmo é a participação de Ryan Gosling, que vai interpretar “I’m just Ken” ao vivo pela primeira vez. Esta é uma das duas canções com que “Barbie” concorre, entre as oito indicações que o filme recebeu (inclusive de ator coadjuvante para Gosling). A outra é “What was I made for?”, de Billie Eilish e seu irmão, Finneas O’Connell, considerada favorita.


Também deve ser bonito de se ver a apresentação dos músicos da Nação Osage, que vai interpretar outra canção concorrente, “Wahzhazhe (A song for my people)”, de Scott George, para o filme “Assassinos da Lua das Flores”, de Martin Scorsese.

 

OSCAR 2024
A transmissão será feita no Brasil pelo canal pago TNT e pela plataforma MAX. Começa às 19h deste domingo (10/3), com o tapete vermelho, seguida da cerimônia de entrega das estatuetas, às 20h.

 

TAKE ERRADO

Relembre momentos em que o Oscar fez história por outras razões

 

. O tapa

Difícil pensar em um escândalo maior em Hollywood do que o tapa que Will Smith deu em Chris Rock, apresentador da edição de 2022 do prêmio. Depois que o comediante fez uma piada sobre a cabeça raspada de Jada Pinkett-Smith, mulher do ator, ele deu um tapa ao vivo – o disparate foi tamanho que, em um momento inicial, houve quem pensasse que seria uma brincadeira combinada entre eles. Não foi e o ocorrido virou assunto mundo afora. Smith foi banido por uma década do Oscar.

 

. Velhos tuítes, grande dor de cabeça

A festa de 2019 não teve um apresentador fixo por causa de tuítes homofóbicos de Kevin Hart, que seria o mestre de cerimônias daquele ano. Dois dias depois de anunciar o convite da Academia, a organização do evento pediu que o ator escolhesse entre se desculpar pelos tuítes antigos, que voltaram a circular depois do anúncio de que ele apresentaria o Oscar, ou deixar o cargo. Hart escolheu a segunda opção, afirmando que as mensagens eram de quase uma década antes e que ele teria amadurecido desde então. No Twitter, o ator pediu desculpas à comunidade LGBTQIA+ pelo que chamou de "palavras insensíveis do passado".

 

. E o Oscar não vai para...

Na edição de 2017, os atores Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram o prêmio de melhor filme para "La La Land: Cantando estações". Só que estava errado, no envelope que receberam constava o nome de Emma Stone, atriz do filme. Após o resultado ser conferido, ao final do discurso de agradecimento da equipe de "La La Land", seu produtor, Jordan Horowitz, percebeu o erro, voltou ao microfone e anunciou que aquele não era o filme vencedor, e sim "Moonlight". Precisou avisar que não se tratava de uma brincadeira.