Juiz-forano radicado no Rio de Janeiro, Moyseis Marques volta agora ao  disco de estúdio -  (crédito: Isabela Espíndola/divulgação)

Juiz-forano radicado no Rio de Janeiro, Moyseis Marques volta agora ao disco de estúdio

crédito: Isabela Espíndola/divulgação

 

Moyseis Marques volta a lançar um álbum de estúdio depois de passar anos gravando ao vivo ou participando de projetos coletivos. “Na matriz” (Biscoito Fino) comemora os 25 anos de carreira do cantor, compositor e instrumentista de Juiz de Fora. Mônica Salmaso, Fabiana Cozza, Mosquito, Maria Menezes e Grupo Ordinarius são os convidados dele.

 

“Faz tempo que não gravo um álbum de carreira. Era desejo meu e já tinha bastante coisa composta, pois esse tempo todo venho fazendo músicas e desenvolvendo parcerias”, conta Marques, mineiro radicado no Rio de Janeiro.

 

 

“Hoje em dia, se faz muita música: 15 com um parceiro, 20 com outro, 10 com outro, quatro com outro... E acaba que não dá para gravar tudo”, explica. “Nesta minha produção, a gente tem de escolher o que quer cantar e o que quer que os outros cantem.”

 

O single “Na matriz”, parceria com Rudá Brauns, foi lançado no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Já “Maxixe Santa Cruz” chegou às plataformas no carnaval.

 

 

Panorama musical

 

O novo álbum aposta em várias tessituras musicais. “Peguei sambas dos mais variados, forrós, xotes, ijexás, capoeiras e trabalhei um disco rico em termos de Brasil”, comenta Moyseis, que também buscou destacar os companheiros de ofício.

 

“Cristóvão Bastos é um dos meus mestres. Chamei ídolos que se tornaram parceiros de música, como Nei Lopes e Moacyr Luz. Temos jornalistas e professores, Luiz Antônio Simas e Luiz Pimentel, além da Socorro Lira e dos amigos de geração João Martins, Rudá, Marcos Maranhão, Zé Paulo Becker, Elisa Queiroz e Khrystal.”

 

Moyseis diz que seu novo trabalho é uma “aquarela” de músicas brasileiras. “Montei o repertório com Rafael Mallmith, que fez os arranjos. Para mim, a parte mais difícil é escolher o que será gravado”, conta. “Na matriz” o fez voltar às origens – ele há cantou forró pé de serra e foi músico de bar.

 

A faixa “Bem que mereço” traz Fabiana Cozza, “uma das maiores cantoras brasileiras”, diz. Mônica Salmaso é a convidada em “Coração de lona”, parceria de Moyseis com Cristóvão Bastos. “É uma pessoa da qual me aproximei durante a pandemia, já era amiga de amigos meus e acabei gravando dois vídeos com ela”, diz.

 

Maria Menezes, cantora do Grupo Arruda, gravou “Mãe do oriri”, canção de Moyseis e Luiz Antônio Simas. “O disco traz a música feita com Socorro Lira, chamada ‘Margens tortas’, que foi gravada pelo carioca Ordinarius. Como pedia arranjo vocal, chamamos este grupo de cantores talentosos que têm pegada mais moderna”, diz Marques.

 

Já “Sambaluz” – o terceiro single do álbum – é homenagem ao compositor carioca Luiz Carlos da Vila (1949-2008). “É um samba tradicional, bem pagode mesmo”, conta Moyseis. Feliz com o novo álbum, ele planeja agora a turnê comemorativa de seus 25 anos de estrada. 

 

Capa do álbum "Na matriz"

Capa do álbum "Na matriz"

Reprodução

 

“NA MATRIZ”


. Álbum de Moyseis Marques
. 13 faixas
. Biscoito Fino
. Disponível nas plataformas digitais

 

REPERTÓRIO

 

“A fonte”
De Moyseis Marques

 

“Sambaluz”
De Moyseis Marques e Luis Pimentel

 

“Forró das cidades”
De Moyseis Marques e Nei Lopes

 

“Coração de lona”
Com Mônica Salmaso. De Cristóvão Bastos e Moyseis Marques

 

“Tempo de prazer”
De João Martins e Moyseis Marques

 

“Sinceramente”
De Moyseis Marques e Khrystal

 

“Bem que mereço”
Com Fabiana Cozza. De Moacyr Luz e Moyseis Marques

 

“Na matriz”
De Rudá Brauns e Moyseis Marques

 

“Margens tortas”
Com Odinarius. De Moyseis Marques e Socorro Lira

 

“Maxixe Santa Cruz”
Com Mosquito. De Moyseis Marques e Max Maranhão

 

“Móbile da insônia”
De Moyseis Marques e Elisa Queirós

 

“Rei da roda”
De Zé Paulo Becker e Moyseis Marques

 

“Mãe do oriri”
Com Maria Menezes. De Moyseis Marques e Luiz Antônio Simas