SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sharon Stone, 66, falou sobre uma situação abusiva que viveu em sua carreira. Em 1993, o produtor Robert Evans a pressionou a fazer sexo com o colega de elenco Billy Baldwin, relatou a atriz.
Os dois faziam par romântico no filme "Invasão de Privacidade". Na época, o produtor chamou Sharon para conversar em sua sala e aconselhou que ela transasse com o colega para tentar "salvar seu filme", já que a atuação de Billy era sofrível. A atriz contou a história no podcast de Louis Theroux.
"Ele me chamou na sala dele e começou a explicar que eu deveria transar com Billy Baldwin porque isso melhoraria a performance dele como ator e daria 'química ao casal' na tela, o que poderia 'salvar o filme'", contou a atriz.
"De repente o problema do filme era eu, porque eu era muito careta, e não uma atriz de verdade que poderia só transar com o ator e colocar as coisas de volta nos trilhos. O problema era comigo porque eu era muito inibida", continuou.
A atriz disse ainda que chegou a sugerir outros atores para substituir Billy Baldwin, como Michael Douglas. "Eu não teria que transar com o Michael Douglas, porque ele conseguiria simplesmente ensaiar, trabalhar e gravar o filme", disse.
Sharon já havia contado a história em sua autobiografia, mas sem dar nomes. Segundo ela, sua resposta ao produtor foi: "você acha que se eu transar com ele, isso vai transformá-lo num bom ator? Ninguém é tão bom de cama assim", lembrou. "Eu queria que eles simplesmente contratassem um ator talentoso, alguém que pudesse decorar o texto e entregar uma cena", desabafou.
A atriz disse que mandou os donos do filme se ferrarem e a deixarem fora disso. Apesar de considerado um fracasso de bilheteria, "Invasão de Privacidade" rendeu US$ 280 milhões. O produtor Robert Evans morreu em 2019, aos 89 anos.