“Com essa parceria queremos ajudar a desenvolver a língua inglesa tanto entre os guias quanto entre os funcionários do Instituto Inhotim para que eles possam se comunicar melhor com todos os turistas internacionais que recebem”, diz Katherine Ordoñez, cônsul dos EUA em Belo Horizonte.
É desta forma que a cônsul se refere à parceria do museu mineiro com os Estados Unidos para capacitação de inglês de seus funcionários. “Esta é uma maneira em que podemos colaborar com o museu nos seus objetivos de internacionalização e também é uma ponte para que no futuro Inhotim tenha mais laços com os Estados Unidos”, acrescenta Katherine.
As colaborações entre o Instituto Inhotim e os Estados Unidos são de longa data. Para além de um acervo que abriga diversas obras de artistas norte-americanos, as trocas culturais e programas de capacitação já aconteceram no passado.
“Profissionais de Inhotim já participaram de um projeto do governo estadunidense de visitas e trocas com museus norte-americanos, por exemplo”, diz Felipe Paz, diretor de Relações Institucionais do Inhotim. “Também já recebemos um especialista em inglês que organizou uma imersão junto ao nosso educativo para desenvolver uma metodologia de aprendizado da língua inglesa para o atendimento ao público do museu.”
Agora, a formalização desta parceria possibilita que novos projetos e trocas culturais ocorram no futuro. Inhotim, em Brumadinho, é o maior museu a céu aberto do mundo – com quase 800 hectares – e abriga centenas de obras de artistas de 38 países. Segundo Felipe Paz, os dados pré-pandemia indicavam que 15% do público anual do instituto era de estrangeiros. “Como estamos sempre recebendo pessoas de outros países em grande número, é importante termos capacitações de inglês para que possamos melhor atender a todos.”
Devido ao volume de visitantes que têm o inglês como primeira ou segunda língua, a necessidade de uma ampla capacitação dos funcionários do museu se mostrou necessária.
COMUNIDADE
A cônsul também destaca que essa parceria pode ajudar Inhotim a estabelecer conexões especiais com museus dos Estados Unidos, visando buscar e compartilhar melhores práticas e arrecadação de fundos, além de tantos outros tópicos que podem ser interessantes para o museu brasileiro.
Além de contribuir para um melhor atendimento ao público internacional, a parceria é uma oportunidade também de ampla qualificação dos funcionários do museu. Felipe conta que 90% dos funcionários de Inhotim são de Brumadinho ou regiões próximas à cidade, e com o início do projeto a comunidade também terá acesso ao aprendizado de uma segunda língua.
A oficialização da parceria ainda vem em um momento histórico. “2024 é um ano muito importante, porque comemoramos o bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos”, diz Felipe. “Este é um momento muito oportuno para fortalecer as nossas trocas.”
* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro