Augusto Cordeiro chega ao streaming com seu primeiro álbum autoral, “Um samba no final”. O disco, já disponível nas plataformas digitais, traz 12 faixas e várias misturas rítmicas, passeando por forró, reggae, bolero, ijexá, samba e Bossa Nova.
“Esse disco é bem misturado. ‘Tempo’ é um boi, ritmo do Nordeste. 'Outra vez', um bolero. ‘Quando cê for embora’ é um xote. 'Inspiração' é música mais densa; 'Dá pra imaginar', reggae; 'Céu anil', ijexá. É um apanhado de vários estilos”, afirma Cordeiro.
Lado cantautor
O artista é filho do cantor, compositor, violonista e violeiro Tau Brasil, morto no ano passado, vítima de infarto. Para o músico capixaba criado em Contagem, na Grande BH, a ideia do novo álbum é convidar o público a conhecer um pouco de seu trabalho como instrumentista, cantor e compositor.
“Esse disco é um divisor de águas e me representa bem enquanto cantautor, trazendo novas vertentes do meu trabalho”, explica.
Augusto afirma que as 12 faixas representam momentos diferentes da sua vida. “Comecei a trabalhar no álbum no início da pandemia, quando passei a compor com mais afinco. É um trabalho que transita por muitas influências, desde a parte do cantador, que também faz referência a meu pai, do jazz e da música instrumental. Como fiz os arranjos e a produção, isso fica bem evidente no disco, ou seja, as diferenças de influências e possibilidades em relação à sonoridade.”
Para o artista, “Um samba no final” é “um divisor de águas do lugar de acompanhador”. Segundo ele, as pessoas o viam antes mais como instrumentista. “Sempre cantei, desde pequeno. Mas comecei a ser mais conhecido na cena musical de BH como violonista. Então, é importante para mim mostrar agora o lado cantautor e também deixar esse trabalho afirmado por meio do meu novo álbum, que, afinal, é mais uma vertente.”
Augusto destaca que as faixas são todas autorais – algumas em parceria com Mariana Guimarães e Fernando Ferreira. “O disco traz também a participação da cantora Rayane Boldrini na canção ‘Quando cê foi embora’, que já lancei como single, assim como ‘Vizinhos’.”
Os planos, segundo o artista, incluem fazer o disco físico. “Estou planejando um show de lançamento em junho junto com o clipe de ‘Vizinhos’, que também está aprovado em projeto da Lei Paulo Gustavo.”
Em abril, Cordeiro vai lançar o single “De corpo inteiro”, de Tau Brasil, parceria com o poeta e amigo Luiz Carlos Prates. “Essa foi a última música que meu pai compôs. A canção estava no áudio do celular dele. Cantei, gravei e ficou muito legal. Eu e ele já temos um disco lançado, o ‘Tau pai, tal filho’.”
Forró na gaveta
Augusto revela que, entre vários de seus projetos, está o de música instrumental “Inspiração e cordas”, que ele pretende lançar no ano que vem.
“Tenho também a ideia de gravar um disco de forró, porque tenho várias canções na gaveta. Vou regravar o primeiro álbum de meu pai, ‘Raridade’, lançado em 1995. Vou regravar esse disco com instrumentação mais contemporânea, moderna”, diz.
Licenciado em música pela UFMG, Augusto Cordeiro já se apresentou com Toninho Hora, Nicolas Krassik, Rubinho do Vale, Titane, Chico Amaral, Nicolas Krassik, Túlio Araújo, Pereira da Viola e Déa Trancoso, entre outros artistas.
O músico venceu o concurso Jovem Instrumentista BDMG 2017, além de ter sido premiado duas vezes no concurso de violão Sons da Cidade.
“UM SAMBA NO FINAL”
• Álbum de Augusto Cordeiro
• 10 faixas
• Disponível nas plataformas digitais