Convidado da primeira edição do ano do projeto Meu Vizinho Pardini, Geraldo Azevedo cantará os maiores sucessos da carreira de cinco décadas  -  (crédito: Marcelo Ribeiro/Divulgação)

Convidado da primeira edição do ano do projeto Meu Vizinho Pardini, Geraldo Azevedo cantará os maiores sucessos da carreira de cinco décadas 

crédito: Marcelo Ribeiro/Divulgação

O outono começou, mas o calor, por ora, permanece. Mesmo assim, é esperado o fim da temporada de chuvas. E quando elas vão embora, outra temporada tem início em Belo Horizonte – a de festivais e eventos em parques e praças da cidade.


Neste domingo (7/4), a Praça da Liberdade recebe a primeira edição de 2024 do Meu vizinho Pardini, evento com apresentações culturais e prestação de serviços de saúde. A data não foi aleatória – depois de amanhã é celebrado o Dia Mundial da Saúde.

 


A grande atração desta versão é Geraldo Azevedo. Aos 79 anos, o cantor, compositor e violonista pernambucano fecha a tarde, com show solo (voz e violão), a partir das 17h na praça. Geraldinho já vai chegar embalado, já que, no sábado anterior (6/4), apresenta com Chico César o projeto “Violivoz” no Lavras Novas Music Festival, no distrito de Ouro Preto.


Em BH, o repertório deverá ser baseado nos sucessos que ele vem colecionando em cinco décadas de carreira. Canções lindas como “Dia branco” (parceria com Renato Rocha, de 1981), fortes como “Bicho de sete cabeças” (canção-título do álbum de 1979, composta com Renato e Zé Ramalho) e românticas como “Dona da minha cabeça” (com letra do poeta Fausto Nilo, é de 1986, do disco “De outra maneira”, um dos maiores sucessos de Geraldinho).

 


Mas até que ele chegue ao palco, muita coisa vai rolar. Fechando a programação da manhã, as irmãs Flávia, Lúcia e Marina Ferraz, que formam o Amaranto. Aqui, o trio de cantoras em atividade há 26 anos estará com uma formação maior. Para apresentar o espetáculo “O menino das cem palavras”, as três se unem à atriz e locutora Dani Braga e ao baixista Thiago Corrêa.


O espetáculo nasceu do livro-CD “O menino das cem palavras”, de Marina Ferraz. Adendo é o personagem-título, um garoto que conta internamente quantas palavras fala. Ele só fica tranquilo quando chega ao número 100. Os colegas da escola logo percebem a particularidade dele. Em dado momento, o garoto começa a criar canções com as primeiras letras dos nomes de cada um dos colegas.


Diferenças e inclusão

 

“É uma história que trata das diferenças, da necessidade de acolher o outro. Ou seja, fala de inclusão”, comenta Flávia. Em 2019, o Amaranto lançou o espetáculo infantil no teatro. Com a chegada da pandemia, o processo foi interrompido. No retorno pós-crise sanitária, o trio fez uma adaptação para apresentações ao ar livre.


“No teatro tinha cenário, o que limitava um pouco. Criamos então uma contação de estórias com música. A Dani é a contadora e nós vamos comentando a história, ora assumindo personagens, ora cantando. No final, ainda interpretamos mais canções”, diz Flávia. Corrêa, que produziu o álbum derivado do livro, acompanha, no baixo, as quatro.

 


A adaptação tem dado muito certo. De acordo com ela, há muita identificação com o público, já que as crianças se encantam com as canções com os nomes delas. No livro, Marina criou músicas (curtas, quase como vinhetas) com nomes iniciados por todas as letras do alfabeto. Pela impossibilidade de apresentar todas no espetáculo, são sempre selecionadas algumas.


Marina Ferraz também é atriz, então foi tranquilo para ela essa transição para um espetáculo. “Lúcia e eu entramos meio de lambuja nessa história. Nunca tinha tido a experiência, mas encaro isto como mais uma manifestação da nossa liberdade criativa”, comenta Flávia.


Confira a programação

• 10h – CircoLar


• 11h – Trio Amaranto com o espetáculo “O menino das cem palavras”


• 12h – Melissa Duque

• 12h30 – Blazz Quartet


• 14h – Rádio Caos

• 16h – Fanfarra Fantasia FM


• 17h – Geraldo Azevedo

 

MEU VIZINHO PARDINI
Neste domingo (7/4), das 10h às 18h30, na Praça da Liberdade. Acesso gratuito.