Casados há 18 anos, André Frateschi e Miranda Kassin se alternam no palco, em Belo Horizonte, acompanhados de banda -  (crédito: Fore/Divulgação)

Casados há 18 anos, André Frateschi e Miranda Kassin se alternam no palco, em Belo Horizonte, acompanhados de banda

crédito: Fore/Divulgação

 

Tributo, cover, homenagem. O nome não importa. "Sou também ator. Então, para mim, é tudo interpretação de texto. Você não fala para um cara que faz Shakespeare que ele faz cover, é interpretação de obra. É assim que me coloco quando interpreto", diz André Frateschi, ator, cantor e conhecido como o vocalista que há nove anos acompanha Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá nos shows com o repertório da Legião Urbana.

 


Além deste projeto, Frateschi encabeça outro por muito mais tempo. Há 18 anos, ao lado da banda Heroes, faz um tributo a David Bowie (1947-2016). Com longas temporadas na noite paulistana, só levou o show em uma ocasião para o Rio de Janeiro. Nesta sexta (19/4), no Distrital, será a estreia em Belo Horizonte.


O evento terá outra atração. Há 16 anos, Miranda Kassin começou, também no circuito baladeiro de São Paulo, a fazer um tributo a Amy Winehouse (1983-2011). "I love Amy" abre a noite de tributos na capital mineira.


Fazer uma noite com os dois shows não é novidade. Frateschi e Miranda são também casados há 18 anos. Ela é a backing da Heroes (combo de seis músicos), que é a mesma banda (mas não com este nome) que a acompanha em cena. A única mudança é o guitarrista: para Bowie, ele é Fernando Coelho; para Amy, Rafael Mimi.

 

 

A paixão de Frateschi por Bowie vem da infância. Aos 9 anos, ganhou de presente o LP "Aladdin Sane" (1973, aquele com uma foto do cantor com o raio no rosto). "Olhei aquilo e pensei: 'Conheço o Super-Homem, o Homem-Aranha. Esse aí, não.' Quando botei pra tocar, fiquei completamente alucinado", relembra.

 


Na sequência, houve o Live Aid (1985) e o filme "Labirinto – A magia do tempo" (1986). "A imagem se juntou com a música, então foi tudo muito marcante para mim." O show desta noite terá 22 canções. Mas Frateschi e a banda Heroes, ao longo de quase duas décadas, já trabalharam em cerca de 80 músicas do cantor e compositor britânico. Como é o primeiro dele em BH, o repertório fará um apanhado dos sucessos da década de 1960 até o penúltimo álbum, "The next day" (2013).

 


Já a história de Miranda com Amy começa logo após o lançamento do arrasa-quarteirão "Back to black" (2006). "Me apaixonei pelo disco, ficava cantando dia e noite. Daí veio a ideia de levá-lo para a balada, já que ninguém, na época, tocava.”


 


O show "I love Amy" nasceu de forma despretensiosa em 2008. O sucesso foi tamanho que durante cinco anos Miranda apresentou o tributo semanalmente no finado Studio SP, no Baixo Augusta, sempre com lotação máxima.

 


"Ao longo do tempo, o show foi se transformando. Como o repertório da Amy é pequeno, resolvi incluir outras divas do soul, que tinham a ver com as influências delas e as minhas", conta Miranda. Nesta noite, também serão ouvidas músicas de Sharon Jones, Etta James, Carmen McRea. "O show foi ficando com uma cara mais nossa e incluímos coisas mais modernas", comenta Miranda, citando "Colours", o irresistível hit do Black Pumas.

 


MAGIC! EM BH

 

O fim de semana no Distrital segue até domingo (21/4), com show da banda canadense Magic.! O grupo estourou, na verdade, 10 anos atrás, com o reggae “Rude”, que rendeu a eles sua primeira turnê no Brasil (incluindo show no Rock in Rio de 2015). Em sua fase inicial, fez uma parceria com Shakira (“Cut me deep”) e foi tocada Brasil afora durante a Copa do Mundo de 2014 (com “This is our time”)

 


Houve, além do álbum de estreia, “Don’t kill the magic” (2014), dois álbuns posteriores. No mês passado, lançaram o quarto, “Inner love energy”, cujo single é “Good feeling about you”.

 

 


Mas o Magic! continua sendo a banda de “Rude”. A canção, ao longo de uma década, foi crescendo. Em 2022, um ranking do YouTube mostrou que a faixa é a 24ª mais ouvida da história da plataforma.

 


Hoje a banda é formada pelo vocalista Nasri Atweh, o guitarrista e tecladista Mark Pellizzer e o baixista Ben Spivak. Mas tem brasileiro na jogada. Carlos Lazzari, que vive em Los Angeles, há um ano e meio foi convocado para assumir as baquetas.

 

 


ANDRÉ FRATESCHI E MIRANDA KASSIN
Tributo a David Bowie e Amy Winehouse. Show nesta sexta (19/4), a partir das 21h, no Distrital, Rua Opala, s/nº, Cruzeiro. Ingressos: Pista: R$ 50; Camarote: R$ 90. À venda no Sympla.

MAGIC!
Show neste domingo (21/4), a partir das 17h, no Distrital. Abertura com M8, Explêndidos e DJs Crase e Bruno Minhoca. Ingressos a partir de R$ 150. À venda no Sympla.