Silvia Machete se define como uma romântica nata. Em “Invisible Women”, seu novo disco, a carioca segue falando sobre o amor, só que, agora, com um estilo mais pop e solar do que o de seu lançamento anterior, o elogiado e um tanto mais sombrio “Rhonda”. “É como se estivesse indo em direção a uma pista de dança”, sintetiza.
Mas não só isso. Cinema, teatro e até um animal de estimação, a cachorrinha Salomé, inspiraram Silvia neste trabalho. No total, são 11 faixas, todas escritas em inglês, em parceria com Alberto Continentino – com exceção da regravação de “Two kites”, de Tom Jobim (1927-1994) – e produzidas por Lalo Brusco, o Dudinha.
O trio (Silvia, Alberto e Lalo) também esteve junto na produção do primeiro volume de “Rhonda” e já tem planos de preparar um novo projeto, que deve servir como a conclusão de uma trilogia.
“É aquele negócio da sorte achar essas companhias para criar. Dá tanto prazer fazer esse trabalho que agora, quando terminamos o segundo, eu falei: Gente, não quero que isso acabe. Acho melhor a gente começar a pensar numa continuidade”, conta a artista.
O álbum terá sua primeira apresentação ao vivo nesta sexta (26/4), no Teatro Sesiminas. A escolha de Belo Horizonte para o show de estreia foi feita por uma razão especial – é a cidade em que Silvia nasceu, mas onde nunca chegou a morar.
Parto em BH
Ela explica que a família materna é daqui, mas que, ainda na infância, sua mãe, Andrea, se mudou para o Rio de Janeiro. Quando Silvia estava prestes a nascer, ela entrou num carro e veio correndo para a capital fazer o parto com um primo que era obstetra.
“Vai ser especial, eu estou me jogando com tudo. Queria muito sair do circuito Rio - São Paulo e, como eu não tive a chance de apresentar o ‘Rhonda’ em BH, tomei essa decisão de que seria excelente estrear nessa cidade”, afirma.
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Silvia sobe ao palco ao lado dos músicos Vitor Cabral (bateria), Conrado Goys (guitarra), Chicão Montorfano (teclado) e, claro, do grande parceiro Lalo Brusco (baixo). Para o repertório, ela promete uma mistura entre as faixas de “Rhonda” e “Invisible Woman”. A artista comenta que “Bad connection” e “Abracadabra” são as músicas que ela está mais ansiosa para cantar.
Machete define o título do novo disco como um “ato de reivindicar a nossa visibilidade no mundo”. Segundo ela, as faixas foram compostas com “audácia” e “criatividade visual” para imaginar essa mulher que, mesmo estando no centro da cena, não é percebida. Tudo isso feito com o auxílio do inglês, língua que, no caso dela, é capaz de invocar uma nova voz e um novo corpo.
Corpo e voz
“Uma coisa liga a outra. Tem uma voz nova e um corpo novo e isso cria uma personagem que está interpretando essas músicas que vão ser levadas para o palco. É isso o que eu faço – criar clima, criar situações”, afirma.
A apresentação tem direção da roteirista e atriz Alessandra Colasanti, parceira de Silvia no espetáculo “Extravaganza”, vencedor do prêmio APCA. “A gente gosta dessa coisa absurda, do nonsense, da comédia física. Então estamos preparando esse showzão que envolve todas essas camadas de criatividade que passam desde o som até a luz. É uma experiência realmente sensorial e um espetáculo de entretenimento para as pessoas se divertirem”, comenta Silvia.
O show contará com participação da banda mineira Moons, que fará o seu retorno no palco do Sesiminas, após um ano de pausa.
ESTREIA DE “RHONDA – THE INVISIBLE WOMAN”
Show de Silvia Machete. Hoje (26/5), às 21h, no Centro Cultural Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60 - Santa Efigênia). Ingressos à venda no Sympla. R$ 120 (Inteira) e R$ 60 (meia) / Ingresso Promocional: R$80 (inteira) R$ 40 (meia). Classificação Etária: 18 Anos
Outros shows
>>>VIOLETA LARA
No show de lançamento de seu primeiro álbum, “Sede de sol”, a cantora e compositora Violeta Lara leva ao público da Casa Outono (Rua Outono, 571 – Carmo) um repertório autoral, no qual expõe suas percepções do universo feminino. A apresentação ocorre nesta sexta (26/4), às 20h30, e o valor do couvert é R$ 35.
>>>The Mike Stern Band
O quarteto norte-americano The Mike Stern Band faz show especial em BH neste domingo (27/4), como parte das celebrações de nove anos da Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia). A apresentação começa às 21h e conta também com o guitarrista Chris Cain e a Bruno Marques Band, além do Felipe Vilas Boas Trio.
Composta por músicos renomados, como Dennis Chambers e Leni Stern, a banda de Mike Stern apresentará uma mistura de bebop e rock, refletindo suas influências marcantes do jazz. Ingressos à venda no site da casa de shows. Mesa Mezanino (4 pessoas): R$ 600; Tambor Mezanino (2 pessoas): R$ 280; Pista: R$ 100 (meia) e R$ 200 (inteira).
>>>“SPC Acústico 2 - O último encontro”
Alexandre Pires e Só Pra Contrariar vão novamente dividir o mesmo palco, após 10 anos. Os músicos estão se preparando para uma emocionante despedida, com um show repleto de nostalgia do pagode.
A apresentação extra – os ingressos para sábado estão esgotados – ocorre neste domingo (28/4), a partir das 17h, no Expominas (Av. Amazonas, 6.200 - Gameleira). Os ingressos estão à venda no site da Ticket 360 a R$320 (inteira) e R$ 160 (meia).