Durante o podcast “McCartney: A Life in Lyrics”, Paul McCartney revelou qual é sua música favorita dos Beatles. A escolha do músico, de 81 anos, é a balada de amor “Here, there and everything”, lançada no álbum “Revolver”, de 1968.
“Muitas vezes me perguntam qual é a minha música favorita que já escrevi, e eu realmente nunca quero, não posso responder, mas se for pressionado, eu iria para ‘Here, there and everything”, contou. O inglês ainda revelou que escreveu a canção enquanto esperava John Lennon acordar, em uma manhã de trabalho.
“Lembro-me de escrever essa música enquanto esperava por John um dia. Eu ia até a casa dele para escrever e ele nem sempre estava acordado. Então, muitas vezes eu tinha 20 minutos, meia hora enquanto alguém lhe dizia que estava aqui e ele se levantava”, compartilhou.
“Eu estava sentado à beira da piscina de sua casa em Weybridge, um subúrbio de Londres. Eu estava com meu violão porque estava pronto para a sessão de composição. Então ficamos de fora e começamos algo... tudo correu muito bem e sem problemas. Então, eu escrevi para John, quando ele decidisse se levantar e tomar seu café, eu teria algo para continuar”, relatou.
Um dos principais motivos que faz de “Here, there and everything” a favorita de McCartney é o verso “Mudar de vida como um aceno de mão”. “Eu olho para essas letras agora e penso: de onde veio isso? ‘Estou pensando na Rainha acenando para fora de uma carruagem real, ou apenas meu amor pode fazer isso quase sem fazer nada, acenando com a mão’ e, 'Oh, meu Deus, ela mudou minha vida'. Isso diz muito em uma linha", refletiu.
"Mesmo quando você consegue letras como essa, o objetivo da letra é apoiar a música, em vez de ser uma letra. É bastante libertador. Você pode apenas experimentar à medida que avança. Então as coisas escapam como aconteceriam em uma sessão com um psiquiatra. Basicamente, eu sempre digo que quando estou escrevendo uma música, estou seguindo um rastro de migalhas. Alguém jogou fora essas migalhas, e eu vejo as primeiras, e você simplesmente segue em frente, e sinto que estou seguindo a música em vez de escrevê-la”, refletiu.
Paul ainda contou que sua inspiração é Fred Astaire, de quem ainda é fã. “Eu era um grande fã de Fred Astaire, ainda sou. E ao contrário dos executivos do estúdio, que achavam que ele sabia dançar um pouco, mas não tinha voz, eu sempre adorei a voz dele, ainda adoro. E na verdade a uso frequentemente como inspiração", declarou.