Reviravolta no caso da gestão da Sala Minas Gerais. Diante da repercussão negativa do caso, Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, anunciou na manhã desta terça-feira (16/4), que a Fiemg desistiu de gerir o espaço. A declaração foi dada na abertura do Minas Trend.

 

O distrato do acordo de cooperação técnica assinado no último dia 5 entre a instituição e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig, proprietária da sala) foi protocolado.

 

 

“Entramos no projeto na perspectiva de ajudar. Segundo os relatórios da Filarmônica, há 130 dias vagos na Sala Minas Gerais. É a primeira vez que vejo alguém ser rechaçado antes de apresentar a proposta. Soltaram uma nota dizendo que nunca tinham sido comunicados, tenho comunicações com o presidente do conselho da Filarmônica. Nós dialogamos e toda a proposta que fiz foi negociada em acordo, é lamentável tanta desinformação”, afirmou Roscoe, durante a abertura do Minas Trend.

 

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg

Marcos Vieira/EM/D.A.Press

 


Gerida desde a sua inauguração, em fevereiro de 2015, pelo Instituto Cultural Filarmônica (ICF), uma organização social, a sala passaria para as mãos do Sesi Minas, braço social da Fiemg, em julho.

 

Com validade de 60 meses, o acordo de cooperação daria ao Sesi a possibilidade de explorar comercialmente os locais que compõem o complexo dedicado à música de concerto para eventos culturais em geral.


Fiemg e Codemig alegaram que no ano passado a Filarmônica teria solicitado ao governo a rescisão do contrato de utilização da sala – o ICF negou tal intenção.

 

Procurada para comentar, a Filarmônica de Minas Gerais informou, via assessoria de comunicação, que aguarda a comunicação oficial da desistência para se manifestar.  

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, também procurada pela reportagem, afirmou, via assessoria de imprensa: "O contrato de gestão da Filarmônica com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo é válido até 2040. O contrato foi reajustado no ano passado no valor de R$ 19,5 milhões. A gestão da Sala Minas Gerais cabe a Codemge. É o que temos a dizer".


Mesmo com a mudança de rumos do debate que tem envolvido poder público e sociedade civil há 10 dias, a audiência pública marcada para hoje, às 15h40, no auditório do Palácio da Inconfidência, sede da Assembleia Legislativa, está mantida.

 


A solicitação veio de três parlamentares que integram a Comissão de Cultura: seu presidente e a vice, deputados Professor Cleiton (PV) e Lohanna (PV), e Mauro Tramonte (Republicanos).


 



 

 

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